Linha do tempo

Prédio do século XX, que pertencia ao comerciante Sr. José Anacleto da Silva, mais conhecido pelo pseudônimo de Zé Manú, este prédio ficava localizado na Praça Coronel Miguel César Texeira, de esquina com a Rua Sizenando Amorim, na cidade de São Miguel dos Campos, no estado de Alagoas. Na dependência da casa, funcionava uma loja de material de construção, intitulada de “Leão das Tintas” de propriedade do proprietário, também o prédio era conhecido popularmente como “Morcegão”. O comércio da cidade fechava às seis horas em ponto, mas o senhor Zé Manú, permanecia com as portas do estabelecimento abertas, altas horas da noite, pelo um simples motivo, nas horas vagas, ele vendia bebidas para os amigos, que frequentavam o seu ambiente comercial, alguns vinham tomar um gole de aguardente e outros vinham para conversar e debater as notícias do dia-a-dia [segundo seu filho Jackson]. Na sua loja de tudo se encontrava, não precisava viajar para a capital, de tudo ele tinha um pouco, seu Zé Manú era o salvador da pátria, um homem sério, que não gastava de brincadeira. No fundo da loja vivia um do seu funcionário, por nome de Luiz, que morou por muitos anos na garagem do referido prédio. Infelizmente este lindo casarão foi vendido e demolido e hoje no local onde funcionava a loja de construção, está edificada a Farmácia Permanente.

           

Casarão que pertenceu ao comerciante José Tenório Irmão, conhecido popularmente como “Juquinha Taxista”, além de residência, também funcionava na dependência da casa uma mercearia de propriedade do proprietário. O referido casarão foi vendido no início de 1970, para o órgão do governo federal para construção do Banco do Brasil, que foi inaugurado em 1975.

           

Prédio dos anos 50, onde funcionava o cinema Cine-Fox, que ficava localizado na Rua Barão de Jequiá, na cidade de São Miguel dos Campos – AL era de propriedade do ilustre prefeito, Humberto Maia Alves, que governou as terras dos Caetés, por três mandatos e ficou imortalizado na história do município como “O Prefeito dos Pobres”. O Cine-Fox era o ponto de encontro dos jovens, da sociedade miguelense, onde as pessoas paqueravam e muitos casais se conheceram graças a sua existência. Muitos filmes cinematográficos de várias modalidades foram exibidos na sua tela e que mais chamou atenção do público foi o filme “O Maior Golpe do Mundo”, que contava a vida de Teixerinha, este filme, fez muita gente chorar e ficou em cartaz, durante uma semana. Nas datas comemorativas a Rádio Caeté em parceria com o comércio local, organizavam o tradicional Festival de Calouros, com a participação de vários artistas da terra, além de promover também a festa em homenagem ao dia das mães. Com entrega de prêmios e de vários presentes. Muitos cantores formosos se apresentaram no palco do cinema, tais como: Fernando Mendes, Jerry Adriani, Valdick Soriano, José Ribeiro e tantos outros. Aconteceram diversos fatos e histórias engraçadas durante a sua trajetória, figuras que deixaram seus nomes escritos nas memórias das pessoas daquela época, como por exemplo: Chico Jatobá, Barbuia e a dupla de comediantes, Zé Bilia e Zé Neném, que deixava o seu Humberto louco da vida, com as suas palhaçadas, não podemos esquecer, do Zé Caruaru, com seu carrinho de cachorro quente, do Mané Bonitinho com sua banca de confeitos e do Damião, operador das máquinas. Para a nossa tristeza o cinema foi extinto, e o prédio foi vendido para o empresário Dr. Luiz Jatobá, que construiu no local o Shopping Cinema.

          

Construção do início do século passado, neste prédio funcionava o Hotel Comercial de propriedade do Sr. Armando Soares, ex. prefeito da cidade de São Miguel dos Campos, além de hotel, alguns compartimentos da casa eram alugados para alguns comerciantes da cidade, funcionava na dependência do hotel, um escritório, um ponto comercial de gelos e bebidas e um depósito de venda de combustível de querosene e gasolina pertencente ao posto ESSO. Com o passar do tempo o proprietário do hotel, negociou o lindo casarão com o órgão do governo federal, e no local foi construído a Caixa Econômica Federal, onde a mesma não deixou morrer a sua história e a sua tradição, modificou apenas a estrutura do lado de dentro e preservou as fachadas do lado de fora.

           

Prédio da década de 20, que ficava localizado na extremidade da Praça Marechal Floriano Peixoto, atual Praça do Centenário, na cidade de São Miguel dos Campos – AL. Neste prédio funcionava o Cinema Ideal, que pertencia ao Sr. João de Medeiros Aprattos, pai da professora Gladys Bezerra Aprattos, conhecida popularmente, como “Guedú”, ele também servia como palco de teatro, para apresentações de peças dos artistas da terra e de outras localidades, lá se promovia também, baile de diversas modalidades, depois que o cinema foi extinto, funcionou na sua dependência uma escola particular, ministrada pela professora Maria Rosa. Anos depois o prédio foi vendido para o Ex. Deputado Estadual Diney Soares Torres, infelizmente, esse lindo patrimônio artístico e histórico, que deveria ser tombado pelo município, foi demolido e por muitos anos no local, onde era o cinema, no terreno baldio, existia um boteco de tábua, pertencente ao Sr. José de Lima, o bar era conhecido por todos, como “Casco de Porco” e por fim o terreno foi vendido para o Doge da Caçamba, que construiu no local uma bela de uma casa, mas o muro encobre todo o seu visual, lhe deixando à escondida, sem dúvida o prédio do cinema era mais bonito. Essa casa hoje, pertence ao casal, Jorge Gomes e Tereza, Jorge é irmão do professor João Nathan.

            

Esta casa de estilo colonial, existia até alguns anos atrás, pertenceu ao Coronel da Guarda Nacional, Francisco da Rocha Santos e sua esposa Júlia da Rocha Santos, na história está escrito que em 1939 as cabeças do bando de Lampião, no total de nove, chegava à cidade de São Miguel dos Campos, e ficaram expostas defronte a casa do coronel, conservadas em latas de querosenes, infelizmente, para nossa tristeza, este lindo casarão, já foi demolido. [ Esta bela casa ficava localizada na rua coronel Rocha Santos], no local hoje é um terreno baldio pertencente a família, Beú! também ela ficava de esquina com o edifício do empresário José Cavalcante, prédio alugado a usina caeté, na rua que vai dar de encontro com o mercado publíco municipal da cidade.