História de São Miguel

 

 

VIDA E ORIGEM DO RIO SÃO MIGUEL

 

        Após o descobrimento do Brasil, o El rei Dom Manoel, o venturoso, organizou a primeira expedição, uma frota de três caravelas, uma dela era comandada por André Gonçalves Coelho e pilotada por Florentino Américo Vespúcio. A esquadra saiu de Lisboa em 10 de maio de 1501. A finalidade “dessa expedição” era fazer uma exploração econômica no litoral brasileiro.

Os exploradores na passagem para Barra de São Miguel, em 29 de setembro de 1501 avistaram a foz de um rio nas proximidades de um lugar denominado de Roteiro, como era de costume batizar os pontos descobertos, de acordo com o santo de cada dia e a festividade religiosa assinalada no calendário da época. O dia 29 de setembro como era consagrado pela igreja católica ao Arcanjo São Miguel, Gonçalves Coelho lhe pôs o nome de rio São Miguel.  Que também era chamado de Sinimby, segundo o mapa de Barleus “edição holandesa” diz que tanto o rio como o engenho traz o nome de Sinimby.

O rio São Miguel talvez tenha sido o primeiro rio oficial descoberto pelos exploradores portugueses no Brasil. O rio São Francisco foi descoberto cinco dias depois, conforme os dados do calendário escrito na época vejam:

 16 de agosto de 1501: Cabo de São Roque;

 28 de agosto de 1501: Cabo de Santo Agostinho;

 29 de setembro de 1501: Rio São Miguel;

 04 de outubro de 1501: Rio São Francisco;

 01 de novembro de 1501: Baía de Todos os Santos;

 21 de dezembro de 1501: Cabo de São Tomé;

 01 de janeiro de 1502: Rio de Janeiro;

 06 de janeiro de 1502: Angra dos Reis;

 20 de janeiro de 1502: São Sebastião;

 22 de janeiro de 1502: Porto de São Vicente.

 

Suas margens eram cobertas de pau-brasil, a árvore que deu nome ao nosso País, as terras próximas ao rio eram bastante produtivas, continha um riquíssimo acervo cultural, onde seus verdes campos se estendiam por toda parte do seu leito ribeirinho. E as suas margens eram habitadas pelos índios caetés, nossos primeiros habitantes, conhecidos como sanambis (calango verde).

O Rio São Miguel é a principal Bacia Hidrográfica do Município situada sobre a Bacia Sedimentar de Alagoas, sua foz tem uma aparência de uma boca, um lugar formidável, onde o rio se encontra com a lagoa e defronte a lagoa passa o Oceano Atlântico formando assim, um lindo triângulo amoroso. A boca da barra como é conhecida esta quase obstruída por um cordão de recifes que aí se alonga justamente com depósitos arenosos de croas.

O rio São Miguel, nasce no festonamento do patamar de uma fazenda, no modesto município de Tanque D’arca, por detrás de um lindo formato de pedras, nas encostas de uma pequenina serra denominada de “frades do mar vermelho”.

O seu panorama é muito bonito com belas pastagens verdes ao seu redor, onde fluem os rios: cachoeira, mata verde e boca da mata (nome da propriedade de Boca da Mata de J. Carneiro), os quais se unem nas proximidades de Maribondo e formam o rio principal. No decorrer do seu percurso, vão aparecendo os seus pequenos afluentes que penetram por suas valas existentes.

Não muito distante dali, ele banha a fazenda Mata Verde, por onde passa por dentro de um lindo capinzal, com destino ao povoado de Tapera no município de Anadia, lá as gramas e relvas cobrem os pequenos canais, por onde a água é distribuída em diversas direções, suprindo a população que ali habita. Ele também passa na proximidade do município de Boca da Mata e chega a São Miguel dos Campos, aí começa a sofrer as influências da maré. Mas adiante ele encontra a cachoeira dos Góis. Um lugar no qual os pescadores apreciam as águas claras e cristalinas, onde os peixes são vistos a olho nu. Logo após ele avista a igreja Santo Antônio do Furado, fundada em 1725, havia abaixo do seu altar-mor um túnel subterrâneo que ia de encontro ao rio. Na história esta escrito que os holandeses se apossaram da dita igreja, e construíram o tal túnel, para se esconder das tropas portuguesas. Na virada que o rio dá na proximidade da usina roçadinho, ele guarda um lindo tesouro completo de diamante, bem no fundo de um redemoinho, este fato virou uma lenda popular e ficou conhecida na história do município como a “Lenda da Volta da Tacha”.

Antigamente o rio São Miguel era muito navegável, onde várias barcaças transportavam açúcar para Santa Madalena do Sul, aonde de lá o açúcar ia de navios para Europa. E muitos miguelenses viajavam de barco e canoa com destino a Barra de São Miguel, Roteiro, Jequiá da Praia e vice-versa.

Nas terras próximos ao rio são explorados os calcários para a fabricação de cimento. Têm-se ainda, como recursos minerais a argila e areia, além de uma das maiores reservas de Gás e Petróleo do Estado.

Hoje uma das conseqüências do rio São Miguel é a poluição, decorrente, principalmente dos esgotos domésticos e dos resíduos industriais, sem que se tomem medidas adequadas de proteção ambiental. Essa poluição é agravada pelo fato de atravessar a área agrícola, que é grande o uso de agrotóxicos, cujos restos são despejados em suas águas.

O acúmulo de dejetos provoca a proliferação de bactérias e um grande aumento no consumo de oxigênio. Isso ocasiona a deterioração e eliminação da fauna e da flora. Ao mesmo tempo estão construídos algumas estações de tratamento do esgoto domestico, em vários pontos da cidade. Com essas medidas, as águas deverão ficar bem mais claras do que hoje, o mau cheiro desaparecerá e o rio começará a ser usado para o lazer, como também para o consumo da população. Um intenso trabalho foi realizado pela prefeitura do município, foram identificadas as indústrias poluidoras que passaram a ser controladas e fiscalizadas. Os peixes e os crustáceos voltarão com certeza ás águas do rio, assim como barcos e canoas. O rio já começou a ganhar uma nova estrutura, principalmente na sua margem direita, nela foi construindo um lindo cenário turístico para beneficiar não só à cidade, como também os turistas e a população que aqui habitam.

Por fim ele deságua na Lagoa Roteiro, onde suas águas desencantam totalmente por inteiro.

 

I

Por detrás de um lindo formato de pedras,

Existe um lagoeiro escondido;

Que de suas fendas rachadas,

Mingua-se um riacho bonito.

 

II

Que corre escoteiro no seu leito.

Parecendo uma obra de arte;

Até denominou e deu nome,

O município de Tanque D'arca.

 

III

No meio dos caminhos ele encontra,

Os seus pequenos afluentes;

Que nas suas margens penetram,

E o transforma num rio gigante.

 

 

IV

Passa na fazenda Mata Verde,

Nos flocos de um grande capinzal;

Levando consigo a saudade,

Deste campo de beleza natural.

 

V

Segue rápido pelos escorços,

Não pára, também não espera;

Passa ao lado da Tapera,

Deixando para trás um abraço.

VI

Atravessa toda Anadia,

Por dentro de Manimbu;

Chegando com alegria!

Nas terras de Sinimbu.

 

VII

Ali ele se torna mais importante,

A sua dimensão é mais completa;

Dando o parecer de ser mais profundo,

A profundidade íntima do seu curso.

 

 

VIII

Pela cachoeira viaja calmamente,

Passando na extremidade dos Góes;

É lá que ele mostra para nós,

O seu retido aquário de peixes.

 

IX

Na rota do acervo, ele avista,

A mais formosa igreja do passado;

É lá que existe um túnel perfurado,

Onde ele passa mais leve do que uma pauta.

 

X

No meio dos canaviais ele aponta,

Transportando várias baronesas;

Já São Miguel, Acolhe a beleza,

De suas águas límpidas que encantam.

 

XI

Na volta da tacha ele guarda,

Um tesouro completo de diamante;

Que no eixo do redemoinho da morte,

Ele esconde bem no fundo para nós.

 

XII

Mas além, se despede e vai embora,

Ao encontro do município do Roteiro;

Porém quando chega à lagoa!

Desencanta totalmente por inteiro.

 

 

HABITANTES PRIMITIVOS

 

Os primeiros moradores do nosso município na época do descobrimento do rio são Miguel, eram os índios sanambis das nações dos caetés (mato bom), conhecido por sua valentia e que não aceitavam pacificamente a ocupação de suas terras. Eram pessoas diferentes: de altura mediana, cabelos pretos e lisos, olhos escuros e penetrantes, o pés achatados e finos na parte superior e inferior, motivados pelas grandes caminhadas. Os índios caetés entraram para história como sendo os comedores do bispo Dom Pero Fernandes Sardinha.

Os nossos antepassados tinham como base linguística a língua tupi-guarani. Sua religião era baseada em principio, adoravam um deus que se chamava tupã, respeitavam com veneração a lua e o sol, também acreditavam em seres sobrenaturais, como caipora, a coruja considerada por eles de mau agouro, tinham no pajé o elemento de ligação entre eles e a divindade era também o médico e o curandeiro, nas suas curas utilizavam as raízes como remédio.

Na caça usavam o alçapão para pegar passarinhos, e a arapuca para pegar animais quadrúpedes e ainda o arco e a flecha. Na pesca usavam a rede de pesca, a linha de anzol feita de osso, o arpão e a própria flecha.Comiam também frutas e raízes (batata, inhame e macaxeira), peixes assados sobre brasa ou moqueados.

Dos utensílios domésticos, destacamos a rede de dormir, a gamela, a cabaça e a cuia que usavam como prato. O fabrico de cestas de palha de bananeira ou de palmeira e outros utensílios de barro.

Os índios caetés mantinham negócios com franceses no contrabando de pau-brasil escoados para Europa, através do rio São Miguel. O donatário da capitania de Pernambuco resolveu acabar com o contrabando do famoso pau-brasil, que servia de matéria prima para a produção de tinta e seus derivados, o solo miguelense  era empestado dessa madeira, por essa razão os índios caetés passaram a odiar os portugueses.

Em 1554, Duarte Coelho julgando está tudo sobre controle viajou para Portugal deixando a capitania entregue a sua mulher Dona Brites de Albuquerque e seu irmão Jerônimo de Albuquerque, aonde anos depois Duarte Coelho veio a falecer.

Com a notícia da morte de Duarte Coelho, os índios começaram  atacar os povoamentos existentes e matando muitos brancos. Jerônimo de Albuquerque lutou bravamente contra os índios que lutavam ferozmente, enfim Jerônimo o apaziguou.

Os índios que viviam em nossa terra, eram também antropófagos, comiam carne humana, até mesmo dos índios derrotados em combates entre si. Como confirmação de tal apetite, citamos a morte do Bispo Dom Pero Fernandes Sardinha.

Na caravela “Nossa Senhora da Ajuda” viajavam da Bahia com destino a Olinda e depois Lisboa, Dom Pero Fernandes Sardinha, com mais 100 pessoas aproximadamente no dia 16 de junho de 1556, por infelicidade a caravela naufragou nas imediações da foz do rio Coruripe. Eles saíram da praia a fora em direção a parte leste do nosso município quando nas imediações da atual Barra de São Miguel e o porto do Francês, foram todos apreendidos e devorados pelos índios caetés, da horrível chacina só sobrou dois índios da Bahia e um português que falava a língua tupi-guarani.

Esse fato lamentável provocou tempo depois uma grande perseguição aos índios e sua quase total dizimação, determinada pela coroa portuguesa. No entanto, os caetés foram condenados por uma bula papal a extinção pelo sacrilégio de terem morto um bispo, e por um edito da Rainha de Portugal, Catarina da Áustria, em 1557, que tornava todos os índios e seus descendentes condenados, também, á escravidão. Esta sentença real desencadeou em 1560, a chamada guerra dos caetés, que culminou com a extinção da grande nação indígena. Em nossa terra os índios caetés desmandaram em busca de terras mais seguras e distantes do litoral.

Jerônimo de Albuquerque, certa vez, mandou colocar na boca de canhões, alguns índios prisioneiros e dispará-los á vista dos demais para que os mesmos voassem em pedaços. À bala e o fogo despovoou inteiramente as terras litorâneas e os que escaparam nunca mais tentaram enfrentar o colonizador, tendo que se adaptarem os novos rumos determinados pela ocupação branca.

Em nossa terra o civilizador plantou definitivamente suas raízes com a instalação do povoado de São Miguel.

 

 

No litoral de São Miguel,

Existiram nos tempos passados,

Uma tribo de índios pintados

Chamados de Caetés.

 

Em plena liberdade viviam,

Por dentro dos matagais;

Primitivos, mas miguelenses,

Eram nossos irmãos ancestrais.

 

Amavam e adoravam a natureza,

Como se ela fosse a luz de suas vidas;

Brigavam até a morte

Por nossa terra querida!

 

Eram fortes homens valentes,

Tendo busto de pêlos bronzeados;

Quantos não morreram honrados!

Esse torrão brasileiro.

 

Alimentavam-se da caça e da pesca,

Da roça e dos frutos naturais;

Comiam até carne humana

Como se fossem um bando de animais!

 

Seu senso era de criança,

Até foram pelos brancos atraídos;

Muitos trocavam as coisas.

Por uma simples garrafa de bebidas.

 

Por terem comido o Bispo Sardinha,

Suas aldeias foram invadidas;

Morreram mais de oito mil índios

Numa armação inesperada.

 

Hoje, não existem mais

Os caras pálidas pintados!

Sumiram juntos com as matas

Que triste fim, Caetés.

 

 

FUNDAÇÃO E DESENVOLVIMENTO

 

Foi às margens do rio São Miguel, que teve início o povoamento do mesmo nome.

Tem-se notícia na correspondência do rei para o governador D. Diogo Botelho, por carta de 30 de agosto de 1606, da presença de dois moradores em São Miguel, os irmãos, João e Sebastião da Rocha, naturais de Viana do castelo (Portugal). Não se pode afirmar a época exata da formação do núcleo que se tornou povoada. Supõe-se, no entanto, que é tão velho quanto à vila de Santa Madalena do Sul.

Levando em conta o que diz Pereira da Costa, a divisão de sesmaria começou em 1560, quando da gestão do segundo donatário da capitania de Pernambuco,Duarte Coelho de Albuquerque. Em 1612 se registra que dona Felipa de Moura, viúva de Pedro Marinho Falcão, foi contemplada com a doação de uma sesmaria, ao lado dos seus genros: Antônio Ribeiro de Lacerda e Cosme Dias da Fonseca recebeu as terras marginais do rio São Miguel, chamada pelos índios de sinimbys, onde ali foi edificado o engenho que recebeu o mesmo nome do curso fluvial. Dona Felipa de Moura, de Raízes fidalgas, descendo a família Moura Castro, fato comentado pelo brilhante escritor miguelense, Romeu de Avelar.

A sesmaria do português Antônio Barbalho Feio contava com cinco léguas, do engenho sinimbu aos campos e aos inhaúns (Anadia). As terras miguelenses prosseguiam assim fatiada, cabendo uma légua a Belchior Álvares de Carvalho, duas léguas a Manoel Pinto Pereira e de igual quantidade para Gonçalo da Rocha Barbosa e da mesma forma que aquelas concedidas aos filhos do fidalgo Brásio Correia Dantas e algumas áreas ao mestre de campos Antonio de Moura Castro, outras pessoas continuaram a ser beneficiadas como foi o caso de Manoel de Caldas como uma légua e com outras Gonçalo Ferreira Belchior Pinto e Sebastião Ferreira “O Mártir”.

A sesmaria que mais se desenvolveu foi a de Sebastião Ferreira. A fertilidade do seu terreno era bastante produtiva. A agricultura existia com a abundância, tais como: mandioca, milho, arroz e cana de açúcar, onde mais tarde foi edificada a fábrica de tecidos São Miguel. As sesmarias foram responsáveis pela formação do primeiro núcleo miguelense, que substituiu as tabas indígenas.

Quando os holandeses invadiram as terras dos Caetés em 1639, já encontrou diversos estabelecimentos agrícolas às margens do rio São Miguel. No desenvolvimento e progresso, nas glórias e sofrimentos pelos quais passou Alagoas, ao povo de São Miguel coube sempre parte relevante na devastação holandesa, durante o longo período em que esses inimigos estiveram apossados de diversas localidades do território alagoano, foram os miguelenses vítimas de espoliações em suas propriedades e patrimônios, podemos citar como exemplo a sesmaria de Sebastião Ferreira e a igreja Santo Antônio do Furado.

Já em 1749, segundo informações certas, a idéia geral da população da “Capitania de Pernambuco” assinala ser anterior a 1702, pois já era curato em 1683 sob a invocação de Nossa Senhora do Ó.

São Miguel conheceu a fase áurea do ciclo do gado, pois empenhados os holandeses, em ter fonte de abastecimento para suas tropas famintas, tangeram parte dos soldados da região san franciscana para a zona de São Miguel um dos locais mais importantes da produção açucareira. As celebres manadas foram devoradas na invasão flamengas, como também pelas sortidas dos quilombos palmarinos, revolucionários e soldados portugueses das várias sub-nações, que agitaram o solo miguelense.

Os senhores de engenhos foram prejudicados pelos quilombos dos Palmares, por ter perdido inúmeros escravos, que fugiam das suas propriedades, como também por serem vítimas de roubos e castigos constantes. Diversas expedições foram organizadas para a destruição dos quilombos e a todas elas os miguelenses prestaram seus valiosos concursos, quer alistando-se nos corpos expedicionários, quer concorrendo com dinheiro ou por mantimentos alimentícios.

Outro ponto marcante de sua gente é a sua característica de povo idealista e sobranceiro, associando-se aos valentes em favor da justiça e da liberdade. Em 1817, tomou parte na revolução pernambucana, que pretendia a separação da metrópole e criação de um país soberano. Manoel Vieira Dantas e seus filhos, Manoel Duarte e Francisco Frederico, aderiram de pronto ao movimento, e foram seus grandes lideres em Alagoas. A figura mais brilhante da revolução foi, porém a sua mulher, dona Ana Lins. Já em 1824, outra figura importante o jovem João Lins, que ao lado da mãe participou do episódio da conferência do Equador, mostrando, assim, o seu espírito de patriotismo pelo seu povo. Neste ambiente de lutas e resistência pela fixação das terras, o povoado de São Miguel pelo seu desenvolvimento de progresso, passou para condição de vila com nome de Vila São Miguel. O engenho Sinimbu de propriedade de Manoel Vieira Dantas e dona Ana Lins, foi o engenho mais importante dentro da história de Alagoas, por ter si dado o fato de ser a “Trincheira da republica“ nas duas revoluções.

A Vila de São Miguel foi criada pelo decreto do governo geral da regência, em 10 de julho de 1832,pode-se dizer que a vila se desenvolveu num processo de integração dentro de uma região que vinha sendo conquistada e trabalhada nesta fase de sua história, ou pelo menos na primeira parte dela.A vila floresceu no seu processo de desenvolvimento da colonização, tanto na zona urbana como na zona rural.

Na zona urbana foram construídos vários sobrados, casarões, palacetes e igrejas, além de casa de negócios, onde o seu comércio cresceu rapidamente dentro do cenário de Alagoas. Nesta época começou aparecer também os grandes engenhos de açúcar e as enormes propriedades rurais de um só dono. A monocultura levou ao desenvolvimento das mesmas. A produção em larga escala de um só produto para exportação, nesse caso os proprietários e os senhores de engenhos precisaram de inúmeras mãos-de-obra para fazer esse trabalho, daí foram surgindo às grandes casas de engenhos, as senzalas, as igrejas e nas propriedades as casas de moradas.

Naquele tempo os meios de transportes eram: os cavalos, como também os carros de boi que serviam para carregar cana, sacos de açúcar, móveis, utensílios, mudanças, etc., servindo também de transporte de senhores de engenhos com seus familiares em passeios e compras na sede da vila e em visitas as outras propriedades.

O rio São Miguel teve um grande papel no desenvolvimento de São Miguel, pois eram através das suas águas, que as barcaças navegavam carregadas de açúcar e outros produtos, saíam com destino a Vila de Santa Madalena, depois cidade de Alagoas como também dos comerciantes que viajavam para a capitania de Pernambuco e outras localidades fora da vila. Foi criada a feira em toda vila, medida de alto alcance econômico, que por esta forma havia mais facilidade para o comércio e as transações.

A Vila de São Miguel foi desmembrada da cidade de Alagoas (atual Marechal Deodoro) e foi elevada à cidade pela Lei no423 de 18 de junho de 1864, sancionada pelo vice-presidente Roberto Calheiros de Melo e assinado por Posidônio de Carvalho Moreira e registrado a fl. 32 do livro 4o de leis provinciais.

Outro fato importante na história era que os campos de São Miguel eram cobertos de arroz até a cabeceira do rio em Tanque D’arca, terras pertencentes na época Anadia, então denominada de campos dos arrozais de inhaúns, por causa da ligação que existia entre os dois municípios (São Miguel e Anadia), que nesse tempo não estava ao menos delineado o nome de São Miguel, foi quando acrescentou a denominação restritiva “dos campos” passando então a se chamar de São Miguel dos Campos. Em conseqüência da sua elevação a categoria de município autônomo, São Miguel dos Campos perdeu os distritos de Boca da Mata em 1957, Campo Alegre em 1960, Barra de São Miguel em 1963, Roteiro em 1963 e Jequiá da Praia em 1995.

De acordo com a divisão, administrativa do estado de Alagoas. O município atualmente está formado apenas com um distrito, o da sua sede.

Atualmente, São Miguel dos Campos passa por uma fase de grande atividade e progresso geral. O crescimento acelerado do município aumentou e a sua população fez a cidade crescer não só em extensão como também nos bairros e povoados. Foram construídos conjuntos de ruas, avenidas, praças e casas, distribuídas em quarteirões por toda localidade da periferia.

O município é composto de quatro bairros: Bairro Nossa Senhora de Fátima na cidade alta; Bairro Humberto Alves; Bairro Paraíso, Bairro de Lourdes na cidade baixa. Além de contar também com vários Loteamentos, tais como: Canto da Saudade, Rui Palmeira, José Calazans, Diógenes Celestino, Geraldo Sampaio I e II, Bela Vista I e II, José Tavares Filho, Edgar Palmeira, Esther Soares Torres I, II e III e Hélio jatobá I, II e III como também os povoados Bernardo Lopes e Coité.

São Miguel dos Campos é uma cidade moderna e bem calçada, asfaltada, iluminada e limpa, com todo o conforto de outras cidades do Brasil.

O município é administrado pelo poder executivo e legislativo – formado por dez vereadores.

 

 

São Miguel dos Campos, tu és tão pequeno,

Mas repleto de surpresas e vitórias;

Muitas coisas no longo do seu tempo

Permanecem ainda vivas em nossas memórias.

 

 

Teus filhos ilustres que lutaram,

Pelo bem do progresso, na conquista;

Honraram o teu nome nas batalhas

Fizeram de tu, o município mais bonito.

 

A mãe natureza com as mãos te abençoou...

Pois em cada solo teu se encontra uma riqueza.

Petróleo, cimento e cana-de-açúcar

E o teu rio cheio de encanto e beleza.

 

Tuas crianças ainda hoje continuam

A mercê do tempo, provocando a sua glória;

Irradiando a lápis em cada traço

Registrando com bravura a sua história.

 

 

 

IGREJAS E HISTÓRIAS

 

Em tempos passados existiam várias igrejas católicas construídas, em estilo barroco, pelos nossos antepassados que deixaram plantados em solos miguelenses a sua arte cultural.

A igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, já existia a muito antes de 1702, construída próxima a Praça Getúlio Vargas, tendo apenas o adorno de duas grossas colunas, era quase tri centenária e funcionou quase dois séculos como Matriz de São Miguel.

Com o desmoronamento da Matriz de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, pela enchente do Rio São Miguel, a mesma foi demolida em 1938. A Igreja Nossa Senhora do Ó passou a ser a nova sede com o nome de Matriz de Nossa Senhora do Ó.

A Igreja de Nossa Senhora do Rosário ficava localizada onde hoje é a casa do Empresário Nivaldo Jatobá. A frente dela era virada para o rio e o fundo para o comércio.

Existiam também duas igrejas contemporâneas, a Igreja de Nossa Senhora do Livramento, na Rua da Ponte e a Ermida da Santa Cruz, no logradouro do mesmo nome, vizinho ao rio São Miguel. Em 1702 essa duas Igrejas sofreram a devastação das enchentes e não suportaram a ação demolidora das águas.

A Matriz de Nossa Senhora do Ó foi construída em 1835, aproximadamente, em estilo barroco e rococó, antigamente a igreja continha apenas uma torre na sua parte lateral esquerda, em 1913 o Senhor do Engenho do Coité, Coronel Marcos José Antônio da Silva doou um Relógio para a Matriz, que veio diretamente da França. Em 1921 Dona Maria Júlia da Rocha Santos, ofereceu como prenda a Matriz a torre do lado direito e nela foi esculpido um relógio a óleo quase idêntico ao relógio original. Sua primeira reforma foi feita em 1910, mudando completamente a sua beleza por dentro.

A Igreja Santo Antonio do furado, construída na extremidade do rio São Miguel contendo acima duas torres pequeninas, no seu centro um primor de santuário, onde acomoda o padroeiro da fazenda stº Antonio casamenteiro, também nesta localidade aconteceu um fato imaginado, que se tornou nua lenda popular.

A Igreja de São Benedito, a beata Maria José Leitão doou um terreno a São Benedito, Zé Mira reuniu toda comunidade miguelense e começaram a construir a igreja com os restos que sobraram da igreja de Nossa Senhora do Rosário, destruída pelas enchentes do rio São Miguel.

Em 1950 graças a ajuda dos fiéis a igreja de São Benedito foi construída outra vez. Lembrando a todos que a igreja do Rosário era conhecida como São Benedito.

A Igreja de Nossa Senhora de Fátima, foi construída na década de oitenta mais ou menos. A dita igreja erguida através de uma campanha feita pela Matriz de Nossa Senhora do Ó, na gestão do Monsenhor Guimarães e em forma de mutirão, Matriz, fiéis e comunidade fizeram a igreja Nossa Senhora de Fátima (Bairro de Fátima).

A Capela de São Sebastião foi construída pelo proprietário da Usina Roçadinho e está erguida no povoado Bernardo Lopes (antigo Sebastião Ferreira).

A igreja Santa Terezinha no povoado do Coité de São Miguel Arcanjo no Loteamento Hélio Jatobá, ambas construídas pela paróquia de Nossa Senhora do Ó na gestão do Padre Epitácio Ferreira Palmeira Júnior. Existem também duas creches da paróquia que atendem a comunidade do município.

 

 

 

IGREJA MATRIZ DE NOSSA SENHORA DO Ó (1835)

 

O LADO DE FORA

 

Te fizeram num aspecto inclinado,

Num lindo formato arquitetônico;

Uma obra inspirada do Barroco,

Por grandes mestres do passado.

 

Aos lados duas varandas separadas,

Enfeitadas de pequenos cogumelos torneados;

No seu centro vários degraus agrupados,

Que nos levam de encontro a Casa Santa.

 

A frente é composta de três portas,

Escavacadas no estilo colonial;

Porém duas portas são mais estreitas,

Do que a grande porta principal.

 

Estão expostas na face da parede,

Cinco fabulosas janelas adjacentes;

Onde de cima de suas varandas gradeadas,

Avistamos a praça com a nascente.

 

No seu arco duas torres laterais,

Com lindas fachadas decoradas;

Esculpidas por várias mãos sagradas,

No mais eterno adorno espiritual.

 

A torre da esquerda é mais antiga,

Já existia desde a sua fundação;

Contém quatro aberturas transparentes;

Onde os seus sinos badalam, nos dias de missões.

 

No seu acervo um relógio original (França, 1913),

Doado pelo proprietário do engenho do Coité;

Conhecido por Coronel Marcos Antonio José da Silva

Grande voluntário das terras dos Caetés.

 

A torre da direita foi obra oferecida (1921),

Como prenda por Maria Júlia da Rocha Santos;

Dama da grande sociedade miguelense

Que premiou com ela a mãe do espírito santo.

 

Nela foi esculpido um relógio a óleo,

Quase idêntico ao relógio da esquerda;

Nos conta a velha guarda do passado,

Que ele chegou a trabalhar engatado no outro com uma corda.

 

No seu arco divisor um cruzeiro,

Dando o parecer de cinco estrelas semelhantes;

Que acesas com suas luzes brilhantes

Torna a Matriz mais elegante.

 

Seus oitões são compostos de belas colunas,

Tendo o formato parentesco um com o outro,

De cada lado nove janelas e duas portas,

Que também fazem parte da sua obra sagrada.

 

No seu terminal uma frente oculta,

Talvez! Tampada mandada pelo Vigário;

Não tem porta! Apenas dois olhos estrelados,

Onde neles avistamos a praça do centenário.

 

 

O LADO DE DENTRO

 

O seu pátio é composto de lindos bancos aconchegantes,

Esculpido no mais bonito visual;

Todos em madeiras tropicais

Agrupados em duas filas diferentes.

 

À cima da cabeça avistamos,

Uma varanda erguida na entrada;

Onde cantam em grupos as passaradas,

Dando testemunhos de amor a mãe santíssima.

 

O seu pavimento é totalmente revestido,

No mais alto nível esferográfica;

Com lindas aquarelas desenhadas,

Sobre os painéis esmaltéticos dos mosaicos.

 

Entre as paredes grossas dos oitões,

Estão ostentadas duas colunas arcadas;

Contendo em cada uma, quatro aberturas avaladas,

Que separam os lados opostos do salão

 

No corredor oposto da direita,

Existe uma porta com uma escada;

Que por dentro dela escalada,

Chegamos até o centro da torre.

 

Expostos na parede quatro altares,

Que abrigam os seus eternos homens santos;

São José, São Cristóvão e Anjo Gabriel,

Juntos da mãe e do filho do espírito santos.

 

No corredor oposto da esquerda,

Se esconde uma pequena gruta reaberta;

Onde na sua extremidade uma pia benta,

Que serve de batismo às criançadas.

 

No acervo da parede três altares,

Onde se acomodam as mulheres mais amadas;

Santa Terezinha e Nossa Senhora do Carmo,

Ao lado da família sagrada.

 

No centro de seu templo um arco divisor,

Onde avistamos dois altares voluntários;

À esquerda o sagrado coração de Jesus,

E na direita Nossa Senhora do Rosário.

 

Nos corredores duas aberturas frontais,

Que nos levam direto às suas sacristias;

É lá onde os fiéis arrependidos,

Rogam para Deus as suas profecias.

 

Nas suas alturas laterais dois auditórios,

Traçados por grossas vigas verticais;

Tendo como sustento as suas paredes principais,

Que suportam bravamente os seus pesos materiais.

 

O seu altar-mor, porém é mais moderno,

Nada restou do altar-mor do seu passado;

Apenas existe uma pedra de mármore trabalhada,

Que é erguido por um forte torno prostrado.

 

No seu final a sua capela-mor,

Onde três imagens acolhem a população;

A padroeira da terra Nossa Senhora do Ó,

Acompanhada de São Miguel Arcanjo e São Sebastião.

 

 

PÁROCOS DA NOSSA COMUNIDADE

 

Atualmente a nossa cidade possui duas paróquias: Nossa Senhora do Ó, criada no ano de 1683 e a de Nossa Senhora de Fátima, criada em 13 de Maio de 2007. Durante esses anos alguns padres se destacaram: cônegos Júlio de Albuquerque, Padre Abelardo Romeiro (pároco coadjutor), Monsenhor Benício de Barros Dantas, Padre José Neto, Monsenhor Hidelbrando Guimarães, Padre Maurício, Padre Pedro Lopes, Padre Antônio Vivaldo, Padre José Silva de Oliveira, Padre Bartolomeu, Padre José Barbosa Neto, Padre Judá Barbosa,Padre Epitácio Ferreira Palmeira Júnior, Padre Antenor Montenegro Junior, Padre Daniel do Nascimento Santos e o Padre Geraldo Barbosa Leite.

 

 

ENGENHOS E HISTÓRIAS

 

O investimento inicial para a montagem do engenho era bastante alto. O proprietário tinha que adquirir as instalações na Europa, comprar escravos, fazer as construções e limpar a mata para o plantio da cana.

 

No engenho havia:

A CASA GRANDE, residência do senhor de engenho, sua família e agregados;

A SENZALA, habitação dos escravos, próxima à casa-grande. Era formada por um ou mais cômodos, janelas com grades e uma porta;

A CAPELA, anexo a casa-grande, congregava os habitantes do engenho nas cerimônias religiosas.

As plantações de cana, ocupavam a maior parte da grande propriedade rural. Após dezoito meses do plantio, os escravos colhiam a cana e a amarravam em feixes, que eram transportados em barcos ou em carros de bois até a moenda.

Na moenda, a cana era lavada e moída para a extração do caldo. Em seguida, esse caldo era levado para as caldeiras, onde era fervido em tachos de cobre até transformar-se em melaço.

O melaço era encaminhado para a casa de purgar e colocado em fôrmas de barro com o formato de sino. Após aproximadamente quinze dias, o melaço endurecido era retirado das fôrmas e, divido o seu formato, recebia o nome de pão-de-açúcar, estava pronto o açúcar mascavo, de cor dourada.

Os pães de açúcar eram quebrados em pequenos torrões que, depois de bem secos, eram encaixotados. As caixas eram transportadas para os portos, através do rio São Miguel, de onde seriam exportadas para Europa.

Da cana também extraia a aguardente, mas a produção era insignificante.

Sabemos que toda área alagoana ao sul do Rio São Miguel, existia engenhos de açúcar. Dos Rochas encontra noticias da sua presença do rio São Miguel, no começo do século XVII, em correspondência do rei para o governador Dom Diogo Botelho, por carta de 30 de agosto de 1606, fica-se sabendo que João da Rocha e Sebastião da Rocha, naturais de Viana, viviam em São Miguel.

O engenho São Miguel, pertencente a Marten Meyendersen, fora antes de Antônio Barbalho Feio. Não moía e com certeza estava arruinado e o mais antigo engenho do vale de São Miguel, onde floresceu depois, a lavoura canavieira com fundação de novos e importantes engenhos. Este São Miguel é o mesmo engenho Sinimbu ou Sinimby, com que apareceu em outras referências, contém mesmo sentido inclusive no mapa de Gaspar Barleus e Vingboons “edição holandesa”, em que tanto o rio como o engenho trás o nome de Sinimby.

O papel do engenho Sinimbu na história política das Alagoas foi dos mais importantes e a sua existência esta ligada a ação histórica de Dona Ana Lins, mãe do Visconde de Sinimbu. Os filhos de igualmente nomes regionais: João Lins Viera incorporou Cansanção de Sinimbu, com que se tornaria conhecido na vida pública do império: Senador, ministro de estado, chefe de gabinete; Inácio de Barros Vieira suplementou-se com Cajueiro; Manuel Duarte Ferreira acrescentou Ferro. Várias outras famílias fizeram a mesma coisa.

Em 1817 a Revolução Republicana de Pernambuco, encontrou numa senhora de engenho o seu mais forte esteio nas Alagoas, Dona Ana Lins, mulher de Manuel Vieira Dantas e mãe do futuro Visconde de Sinimbu, fez do seu engenho o grande centro de combate. A cavalo, de engenho em engenho, vencendo léguas sem desânimo, animou os receosos e convenceu os descrentes. Angariando adeptos e aos escravos prometeu alforria para que pegassem em armas como homens livres.

Vencida a resistência republicana pela atividade reacionária do Conde dos Arcos, e nas Alagoas em particular, pela reação do ouvidor Batalha, não perdeu a Senhora do Sinimbu sua crença republicana, nem ela, nem o marido, não ofertou seu idealismo diante da reação surgida. E em 1824, ao lado do marido, vemos ainda a frente dos rebeldes alagoanos.

Vieira Dantas concentrou-se em São Miguel, onde combateu violentamente, vindo entre tanto a ser preso, juntamente com seu filho Frederico. No engenho, D. Ana Lins levantou barracas da mais feroz resistência, concentrando os últimos fieis à revolução.

Na casa-grande do Sinimbu, que Craveiro Costa chamou de “essa trincheira da república” combateram os últimos rebeldes até terminar a pólvora e acabar o chumbo. A senhora do engenho dirige a resistência, assiste o incêndio dos seus canaviais e das casas dos moradores, pelas tropas legais. Nada, porém, lhe quebraram a fibra.

Quando as forças da legalidade entraram na casa-grande, “já não haverá homens na última trincheira da república em Alagoas”, Dona Ana Lins garantiu a evasão de sua gente e enfrentou a prisão. Prisão a que foi acompanhada, por pedido seu, de seu filho João então nos seus 14 anos. Mãe e filho foram recolhidos a cadeia da capital.

Mais tarde, anistiada pelos rebeldes e libertada, a Senhora do Sinimbu, é ainda Dona Ana Lins quem assume o encargo de restaurar a sua propriedade. A heróica senhora de engenho enfrentou árduas dificuldades, com a escravaria fugida, os canaviais arrasados, o gado despeço, as casas queimadas. Quando o marido regressou ao lar, livre pela fuga da cadeia do Recife e pela anistia concedida, já encontra o sinimbu em fase de plena restauração, reingressando na sua importância de antes.

São Miguel era conhecida como a cidade Heráldica das Alagoas, expressão escrita por Romeu de Avelar, devido ao grande número de famílias portadoras de títulos na nobiliarquia ali nascida.

Ligados à família sinimbu apareceram outras figuras ilustres interligadas na história dos engenhos alagoanos: seu irmão Manuel Duarte Ferreira Ferro, depois Barão de Jequiá, com grandeza um dos participantes do movimento revolucionário de 1824, e que escapando da prisão, conseguiu arrancar seu pai e outro irmão. O tenente Francisco Frederico Vieira da Rocha.Epaminondas da Rocha Vieira(Barão de São Miguel),quem também foi senhor do engenho Sinimbu. Ana Vieira de Albuquerque Maranhão (a Baronesa de Atalaia), Maria Accioly da Rocha Vieira (Dondon), esposa do Dr. Francisco Duarte, filha de Francisco Frederico e irmão do Barão de São Miguel. Epaminondas da Rocha Vieira recebeu como herança paterna o celebre engenho Sinimbu, vendendo-o depois aos irmãos, João e José César Teixeira. Naquele engenho heráldico funciona hoje a Usina Caeté S/A.

Entre outros bens, legaram aos filhos, Francisco Frederico, o engenho sinimbu, e ao Barão de Jequiá, os engenhos Góes e São Sebastião e ao Visconde de Sinimbu herdou os engenhos Ilha e engenho Novo (o novo Sinimbu).

José Antônio Pereira da Silva, que foi proprietário do engenho Conceição de Sinimbu, em São Miguel dos Campos, onde se retirou para a Bahia com bens e família, vindo depois fixar resistência em Maceió como negociante, foi um útil do progresso local.

 

Outros Engenhos Importantes

O Engenho Tibiriçá pertenceu ao Coronel Francisco Araújo Jatobá (avô do ex-prefeito Nivaldo Jatobá).

O Engenho Prata pertenceu ao comendador Miguel Soares Palmeira, depois passou a pertencer a João Sampaio, onde hoje pertence ao Sr. Miguel Soares Palmeira.

O Engenho do Coité pertenceu ao Coronel José Antônio José da Silva.

O Engenho Conceição pertenceu ao Coronel José Elias Frota de Almeida.

O Engenho Caixacumba pertenceu ao Coronel Antônio Moura Castro.

O Engenho Retiro pertencia ao Coronel Rosendo César de Góis.

O Engenho do Furado pertencia a Moacir Cavalcante de Albuquerque Pessoa.

O Engenho do Varrela pertenceu à ilustre família Rocha Cavalcante. Onde existia uma capela de ingênua beleza, hoje transformado em centro de criação. Quase se modificou em cemitério, cercada por um gradil, os espaços são ocupados com túmulos e monumentos onde são guardados os restos mortais de velhos homens rurais, suas esposas e parentes. Alto cipreste, espirradeiras, árvores diversas completam a paisagem e embeleza o ambiente. Hoje pertence a Usina Caeté S/A.

 

No poço o Zé Elias

No coité o seu Zé Marcos

No sinimbu o seu João César

No Retiro eu não vou

No Prata seu João Sampaio

Lá no sitio do seu Chico

Aqui na rua da ponte

O Coronel Salvador.

 

Escravos que escaparam à inquisição republicana

O Mulato José, seu proprietário Moacir Cavalcante de Albuquerque Pessoa, um dos donos do Engenho Furado, desconfiava que ele tinha ido para o riacho fundo de baixo, na palmeira de fora, onde tinha parentes e dali para alcançar a estrada de ferro de Pernambuco com destino a alistar-se como voluntário da pátria.

O Cabra Sabino, fugiu do Engenho Rocha para a capital com o intuito de se oferecer como voluntário. Seu proprietário ao anunciou que pagava bem a quem o prendesse.

Sotério e Benedito Sirinhaem, fugidos do Engenho Varrela, ambos tinham cicatrizes de chicotes, pois foram surrados em 13 de setembro de 1859.Nicolau, fugido do Engenho prata, tinha o rosto descarnado em 21 de outubro de 1858.

Em 1885, as regiões mais açucareiras de Alagoas ficaram assim servidas, desses melhoramentos a construção dos engenhos centrais. Em 1886, havia começado as obras de um terceiro engenho central: “o Cansanção de Sinimbu” em São Miguel dos Campos (atual Usina Cansanção de Sinimbu) hoje pertencente ao município de Jequiá da Praia.

O sonho dos senhores de engenhos era de fundar uma cooperativa de plantadores de cana de São Miguel dos Campos e graça ao empenho de todo este sonho foi realizado. É as usinas hoje são os maiores progressos do nosso município.

 

 

O SOBRADO DA BARONESA (ATUAL CASA DA CULTURA)

 

Segundo a escritora Guiomar Alcides de Castro, o sobrado da baronesa foi fundado mais ou menos em 1827. Pertenceu aos barões de São Miguel, Epaminondas da Rocha Vieira e Antônia Leopoldina da Rocha Vieira, o senhorial Sobrado, que seria a Casa da Cultura, anos depois.

Pessoa miguelense já afirmara que o sobrado da baronesa pertencera ao Barão de Jequiá. (Manuel Duarte Ferreira Ferro). Era um luxuoso sobrado, recoberto de tapetes, em meio das conversadeiras de palhinha e jacarandá e no brilho dos lambris dourados e dos candelabros de cristal da Baronesa.

Epaminondas da Rocha Vieira, o Barão de São Miguel, nasceu no dia 17 de outubro de 1836. Era filho de Francisco Frederico da Rocha Vieira, irmão do Visconde de Sinimbu e a Baronesa Antônia Leopoldina da Rocha Vieira, nasceu no dia 17 de julho de 1839 era prima de Epaminondas. O Barão faleceu no dia 20 de julho de 1897 e a Baronesa faleceu no dia 27 de maio de 1914, como acusam as pedras tumulares do cemitério. Como ela morreu 17 anos após o falecimento do marido, a residência baronial popularizou-se como o Sobrado da Baronesa.

Com o passar do tempo o sobrado da baronesa estava completamente esquecido da sociedade miguelense, até que o governador da época, Divaldo Suruagy e o Secretário de Educação e Cultura do estado de Alagoas, Douglas Apratto Tenório e a Diretora do Departamento de Assuntos Culturais Vanuza de Barros de Melo, criaram a Casa de Cultura, na gestão do prefeito municipal Wellington Torres. Em 04 de fevereiro de 1984, o seu primeiro Diretor foi Maria Vânia Alves de Sá e tendo como seu Vice José Barbosa de Moura que tomaram posse no dia 10 de fevereiro de 1984.Em 1989 assumiu a casa o Professor Cláudio Embuzeiro na gestão do prefeito Francisco Hélio Jatobá.

Anos depois lá estava outra vez a Casa de Cultura abandonada, por motivo de crise que rolava no estado de Alagoas. Vendo-a situação que se passava, o prefeito do município Nivaldo Jatobá firmou um acordo com o governador Manuel Gomes de Barros, que herdou para o município por quinze anos, este lindo acervo cultural onde guarda metade da história de São Miguel dos Campos, tais como: quadros famosos de pintores da terra, peças raras do passado, móveis do império, livros de escritores e poetas, esculturas de barros e madeiras, além de ter outras atividades como, cursos e teatro.

A sua restauração aconteceu no dia 29 de setembro de 1999, é claro preservando a sua estrutura do passado. A Profª. Gladys Bezerra Apratto dirigiu a Casa de Cultura por doze anos de 1997 a 2008, André Carlos vieira 2009 à 6 de outubro de 2011, e a atual Diretora da Casa da Cultura é a Professora Josse Leah, formada pela Universidade Federal de Alagoas em Artes Cênicas (UFAL).  

Também já funcionou no palacete sobrado da baronesa (atual Casa da Cultura), a Prefeitura Municipal, o Tribunal de Júri, a Recebedoria Estadual e a Cadeia Municipal. Foi na gestão da Prefeita Rosiane Santos através do incentivo do Diretor do Departamento Municipal de Cultura André Carlos Vieira e da sua equipe, que foram aprovados pelo poder legislativo Municipal os projetos de lei 28, 29 e 30 de 24 de novembro de 2009 que cria os seguintes equipamentos: Casa da Cultura, Museu Histórico e Cultural Fernando Lopes e Biblioteca Publica Guiomar Alcides de Castro.

em 2010 foi tombado como patrimônio Histórico, Artistiscos e Natural do Estado de Alagoas.

Hoje a Casa da Cultura é o elo atraente, que prende os miguelenses as coisas da intelectualidade, da inteligência e da arte de uma forma geral.

 

 

 

A CASA DA CULTURA

Esta obra do passado,

Tem história para contar;

E para todos eu vou falar

De tudo dela um pouquinho;

Porque muitas coisas existiram

Na rota do seu caminho.

 

 

Desde o tempo do império,

Este lindo casarão;

Pertenceu a um Barão

Sobrinho do Visconde,

Que viveu por muitos anos

Nas terras de São Miguel.

 

Também já foi prefeitura,

Recebedoria estadual;

Tribunal de júri

E até cadeia municipal,

E hoje retrata a vida

De um acervo cultural.

 

 

Coitada! Estava falida,

Quase tudo destruído;

Mas graças ao prefeito

Que trabalhou com seus méritos,

E transformando-a num jardim

De flores tão perfeitas.

 

Agora de tudo há nela,

Ninguém poderá mais reclamar;

Até a sua biblioteca

Voltou a funcionar,

Além de ter vários cursos

Para a comunidade se aperfeiçoar.

 

No seu centro um museu,

Com lindas decorações;

De vários artistas Miguelenses

E também de outras nações,

Que doaram os seus trabalhos

Em prol da população.

 

Poesias e folclores,

Peças raras do passado;

Retrato vivo de uma história

Tudo se tem arquivado,

Até o seu palco de teatro

Também está preparado.

 

O cenário está bonito,

Outra igual não pode haver;

Hoje a casa de cultura

Se dá gosto de se ver;

Parabéns aos seus Artistas

Pelo dom do teu saber.

 

 

MÁRTIRES

 

São Miguel dos Campos teve dentro da sua história, homens que honraram com dignidade a nossa pátria, mostrando-nos o patriotismo pelos direitos e deveres da nossa terra, lutaram até a morte com um só pensamento, liberdade, liberdade, liberdade!!!

Quando os holandeses invadiram o território alagoano, em 1630, começaram aparecer as espoliações, as investidas ao bem alheio, cujos verdadeiros detentores, sem código e sem lei, ficaram a mercê de desalmados usurpadores. Muitos proprietários foram vítimas, cederam suas terras e ainda sofreram castigos constantes. Podemos citar como exemplos:

 

Sebastião Ferreira:Era lavrador, suas terras, porém eram bastantes produtivas, tudo que ele plantava dava de fartura, era um homem que amava o seu admirável pedaço de chão.

Vendo a beleza do lugar, os holandeses queriam se apossar da sua propriedade. Este mártir, da nossa história enfrentou os poderosos invasores, lutando pelos bens de seu patrimônio e defendeu heroicamente todas as barreiras, até que o último tiro cessasse, e labaredas queimassem os últimos talos verdes dos canaviais.

Entretanto o poder dos invasores era bem maior do que de Sebastião Ferreira, e o mesmo se entregou aos rebeldes, tendo como castigo uma verdadeira crueldade Os holandeses atearam fogo nas plantas dos pés desse grande herói miguelense. Indefeso, deformado, se arrastava pelo chão como aleijado, aquele homem dono de muitas terras ficou abandonado pelo tempo, lutando contra a morte. Isso se deu por volta de 1639.

 

Gabriel Soares da Cunha: esse não faz parte dos Mártins miguelenses, mas como São Miguel dos Campos pertencia a comarca de Santa Madalena do Sul, ele entrou na nossa história. Era primeiro alcaide-mor de Alagoas (atual Marechal Deodoro), era filho de Diogo Soares da Cunha, fundador da vila de Madalena (Alagoas do Sul).

Gabriel Soares da Cunha era dono de muitas terras e era senhor de engenho do tradicional engenho de Nossa Senhora do Rosário (Pilar), era casado com Dona Florência de Andrade, filha do capitão-mor Henrique de Carvalho, procurador do latifundiário, Gabriel Soares da Cunha, também teve o mesmo fim de Sebastião Ferreira.

Manuel Pinto: também lavrador de canas, abastado, fora outra vítima da santa perversa dos flamengos, recebendo o mesmo castigo dos demais.

Em 1817, com o fracasso da revolução pernambucana, quase dois séculos depois, dois heróis da terra dos caetés foram barbaramente sacrificados em nome da justiça reinol,sob as ordens do cruel Ouvidor Batalha homem fiel do terrível Conde dos Arcos.

Por volta do ano de 1790, Antônio Leão trabalhava no estaleiro de propriedade do Sr. Francisco da Veiga Silva, como construtor de embarcações. Antônio Leão tomou parte da revolução Pernambucana defendendo o chão do nosso município, pois o mesmo batalhava sem medo pela vitória do ideal republicano, buscaria por novos dias para seu povo. Como o movimento dos revolucionário foi fracassado, a justiça real efetuou numerosas prisões  em Alagoas. Foram vítimas em São Miguel dos Campos, Francisco Frederico da Rocha Viera (irmão do Barão de Jequiá) e o seu pai Manuel Vieira Dantas, sendo enviados para Recife. Já Antônio Leão permaneceu preso em Jequiá da Praia. Logo após a revolução, foram anunciadas as condenações dos rebeldes, muitos com pena de morte. A maioria das penas, no entanto foi comutada, menos a de Antônio Leão. Este herói das terras dos caetés, destemido sonhador, sob uma lâmina afiada de um machado, deu seu último grito de rebelião abafandona garganta. Teve seu corpo esquartejado e espalhado pelos principais pontos da praia de Jequiá. Sua história deve ser mais estudada pelos órgãos competentes, pois Antônio Leão teve o mesmo feitio de Tiradentes.”o Mártir da Independência”.

 

Rosa do Gentio da Costa: A heroína negra miguelense. Com o fracasso da revolução de 1817, presos os soldados insurretos no meio deles, foi encontrada Rosa do Gentio da Costa, escrava negra da “nação uçu”, como confessara forte,de dentes perfeitos, mais ou menos de dezessete anos de idade, negara o nome do seu dono. Rosa, que vestia a farda militar, idealizando a libertação da terra brasileira.

No cárcere de carnes rasgada por ferros em brasa, corpo açoitado, salgado e, ainda, sob o suplício da sede e da fome. Rosa resistiu as maiorias das torturas sem descobrir quem lhe era o proprietário. Com o objetivo de identificar o dono da escrava foi, feito um editor de arrematação de sua característica por ordem do Ouvidor Batalha.

Não se sabe com certeza de seu destino, presume-se que morreu como os outros revolucionários. Em São Miguel dos Campos,Rosa Gentio da Costa e Maria Quitéria, da Bahia, usando fardamento verde dos “periquitos”, combateram animados pela chama cívica da independência.  

 

Antônio José Pedro: brasileiro, ficou conhecido na história como o grande traidor dos miguelenses, pois o mesmo se aliou aos holandeses, teve também o seu castigo, o desalmado verdugo, conforme falava Tómas Espíndola, o tal traidor foi assassinado anos depois, nos cárceres da Bahia, por uma comparsa, pagando assim inúmeros crimes praticados contra a nossa gente.

São Miguel dos Campos também teve como na Inconfidência Mineira, os seus mártires, verdadeiros heróis que sonhavam em ver a sua pátria totalmente livre. Fora três os mártires miguelenses: Sebastião Ferreira, Manuel Pinto, Rosa do Gentio da Costa e Antônio Leão.

 

 

ELES FAZEM PARTE DA HISTÓRIA

 

Ana Lins

Dona Ana Maria José Lins, figura lendária nas lutas de 1817-1824. Era filha do sargento Mor da Cavalaria de Porto Calvo, João Lins de Vasconcelos, senhor do engenho do meio, e de Dona Ignez de Barros Pimentel,e tida como descendente de Cristovão Lins nasceu na cidade de Porto Calvo.

Casou-se com Lourenço Bezerra da Rocha, senhor do engenho Sinimbu, atual usina Caeté,no município de São Miguel dos Campos em fins do século XVIII.O casal teve as filhas:D. Mariana D. Antonia Arnalda Bezerra da Rocha.Com falecimento do seu marido a viúva e proprietária do engenho sinimbu casaram-se Manuel Viera Dantas,oriundo de antigas famílias dos sertões do São Francisco. Comerciante de gado,também viúvo e com uma filha,Maria Catarina. O casamento deu-se no início do século XIX e tiveram o casal seis filhos:Manuel Duarte Ferreira Ferro (Barão do Jequiá), Francisco Frederico da Rocha Viera,D. Ana Viera de Albuquerque Maranhão (Baronesa de Atalaia), D. Francisca Viera Lins, João Lins Viera Cansanção de Sinimbu (Visconde de Sinimbu) e Dr. Ignácio Viera de Barros Cajueiro.

Durante algum tempo, seu marido e o seu filho, Frederico tiveram que viver foragidos, longe dos canaviais miguelenses, enquanto isso em 1824, ela ao lado do filho, via cair a última trincheira da república do Equador, batidos e cercados pelas tropas imperiais, entrincheiraram-se na casa grande do engenho Sinimbu, envolva em chamas e resistiram até o último tiro.

Renderam-se finalmente e foram recolhidos, mãe e filho a cadeia pública de Alagoas, a antiga capital da comarca, depois foram soltos pela anistia do país e voltaram para São Miguel dos Campos reconstruíram de novo o seu engenho, onde tudo voltou a ser como antes.

Essa brava guerreira, ficou conhecida dentro da história de São Miguel dos Campos, como a Heroína miguelense.

Morreu em 27 de abril de 1839, em terras miguelenses.

 

Visconde de Sinimbu

João Lins Vieira de Cansanção de Sinimbu, o Visconde de Sinimbu, nasceu a 20 de novembro de 1810, na capitania das Alagoas, então vila de São Miguel dos Campos, filho de Ana Maria José Lins e de Manoel Vieira Dantas.

Graduou-se em direito na faculdade de Olinda, em 1835, já formado, seguiu para Alemanha, com destino a secular universidade de Iena (fundada em 1558) no Grão-Ducado de Saxe-Weimar (Alemanha), era homem de belo aspecto físico e natural elegância, lia muito economia, financia, direito e história.

Retornando ao Brasil, foi presidente da província de Alagoas (1839/1840) em 1846, aos trinta e seis anos de idade, Vieira Cansanção casou-se com a ilustre Dona Valéria Tourner Vogeler, nascida em Londres, o casal teve quatro filhos, presidiu também as províncias do Rio Grande do Sul (1852/1855) e da Bahia (1856/1858).

Em 18 de maio de 1888, com apenas quarenta e dois anos de idade, era o Dr. Cansanção aposentado como juiz de direito, com honras de desembargador, foi deputado geral de Alagoas, diplomata, senador e ministro do estrangeiro, da justiça e da agricultura.

A 18 de maio de 1888 a princesa regente (Isabel) conferia-lhe o título de Visconde de Sinimbu, com grandeza.

A república encontrou-o octogenário e pobre (1890) oferecendo-lhe uma pensão por ele recusada, por julgar uma ofensa à sua pobreza honrada, recusa que o Governo não aceitou, mantendo a pensão até a sua morte.

E a 21 de dezembro de 1906, morria, aos noventa e seis anos de idade, aquele homem que era uma relíquia da monarquia, conselheiro da coroa grande do império, comendador das ordens de Cristo e da rosa do Brasil, grã-cruz da legião de honra da França, da coroa de ferro da Áustria e da ordem dos Guelfos (partidário do papa e representavam a burguesia urbana, nas lutas políticas dos séculos XII/XV, na Itália) e do Hano (ver estado alemão, anezado à Prússia em 1866).

 

Iramilton Leite

Nasceu em São Miguel dos Campos em 08 de abril de 1946 e faleceu em 01 de novembro de 1986. Primogênito dos quatro filhos de Milton Francisco Leite e de Iracema Dias Leite. Casou-se com Márcia Castro Monte Leite e tendo uma única filha, Mayara Monte Leite.

Escolaridade – fez o curso primário no grupo escolar Visconde de Sinimbu e o curso ginasial no ginásio São Miguel, tendo sido aprovado no concurso de escrivão da polícia e ter ido trabalhar na cidade de Penedo, lá fez o 2o grau. Terminado o curso, submeteu ao concurso de vestibular escolhendo direito, foi aprovado concluindo o mesmo pela Universidade Federal de Alagoas e exerceu a função de advogado por vários anos. Tendo participado de um concurso de consultor jurídico e aprovado como um dos melhores, foi imediatamente contratado pelo estado para prestar seus serviços à comunidade miguelense, onde exerceu suas funções até o último dia.

Trabalho – exerceu a função de professor do ginásio São Miguel e da escola Ana Lins, ensinando a disciplina língua portuguesa, prestou serviços como escrivão da polícia em São Miguel dos Campos e na cidade de Penedo, participou do Tribunal de Júri como advogado em várias reuniões.

Outras funções – participou como primeiro secretário da rádio São Miguel, redator chefe do jornal lutar para construir.

Atividades culturais – autor do hino de São Miguel. Autor de várias poesias, publicadas no jornal Lutar para Construir e participou como membro do movimento de cultura popular.

Título – foi contemplado com medalha de honra ao mérito por um trabalho apresentado de literatura na cidade de Penedo.

 

 

Rosa Virginia de Sá Bonfim

Nasceu na fazenda Retiro em São Miguel dos Campos, no dia 13 de outubro do ano de 1947. Primogênita dos 8 filhos de Júlio Soriano Bonfim e de Maria Ivone de Sá Bonfim, foi registrada com o nome de Rosa Virginia de Sá Bonfim.

Já alfabetizada, cursou o primário no Instituto Imaculada Conceição, em São Miguel dos Campos, colégio do qual foi uma das alunas fundadoras (1955 – 1958).

Aos 11 anos de idade, prestou o exame de admissão no colégio Santíssimo Sacramento em Maceió e ali cursou todo o 2o grau, do ginásio ao cientifico (1959 – 1965). Foi aprovada em 1967 no concurso de vestibular de arquitetura da Universidade Federal de Pernambuco, em Recife, onde fixou residência e colou grau de arquiteto no dia 30 de dezembro de 1971. Em 1972 à 1978, trabalhou como profissional autônomo quando elaborou e participou de vários projetos de arquitetura e urbanismo, entre eles o da urbanização da Praia de Pajuçara em Maceió.

Em 1978, foi contratada pela Fundação de Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco FUNDARP, como arquiteta, função que desempenha até hoje.

Em junho de 1980, casou com Francisco de Assis de Albuquerque Vanderlei, Pernambucano, assinando o nome de Rosa Virginia Bonfim Vanderlei e com qual têm dois filhos: Felipe e Suzana, ambos nascidos no Recife, e onde continuam morando.

É autora da Bandeira de São Miguel.

 

 

FILHOS NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

 

A segunda guerra mundial foi o maior conflito da história humana, deixando um saldo de 55 milhões de mortos e 35 milhões de feridos. Foi também o palco da explosão das primeiras bombas atômicas, inaugurando um poder de destruição jamais visto pelo homem. A guerra foi provocada principalmente por Hitler, o ditador nazista que sonhava conquistar o mundo e impor a superioridade dos germânicos. Contando com uma poderosa máquina militar, a Alemanha nazista submeteu num primeiro momento quase toda a Europa.

O Brasil, apesar de manter bom relacionamento com os países do eixo, encontrava-se numa situação complicada. Apesar de Vargas manifestar suas tendências totalitárias, não resistiu à pressão Norte-Americana, que exercia influência sobre toda a América Latina. Além disso, em 1942 alguns navios mercantes brasileiros foram afundados por submarinos alemães. As pressões internas para entrada do Brasil na guerra, contra do eixo 1942.

Foi criada então a FEB (Força Expedicionária Brasileira) para combater ao lado dos aliados.

A guerra se iniciou com a invasão alemã da Polônia em 1o de setembro de 1939 e prosseguiu na Europa até a capitulação da Alemanha até a rendição das forças Japonesas em 02 de setembro de 1945. Se uniram Stalin, Adoli e Hitler.

Em 1939 a URSS (a atual Rússia) invadiu a Finlândia. O exército atacou, comandado pelo Marechal Julov, desbaratando as forças de Hitler.

Antes mesmo após a entrada do Brasil no conflito foi intensa a propaganda Pró-Aliados e Pró-Eixo em nosso país. Dia a dia mais importante se torna a guerra Axiológica.

Naquele ano o Governo, querendo acompanhar os aliados promulgou a Lei no 05 de 10 de março, declarando aliado ao conflito. Tropas norte-americanas ocuparam Roma (Monte Cassino) e a Força Expedicionária Brasileira aliou-se a muitos miguelenses e assim derrotaram as tropas Alemãs (1945).

Muitos miguelenses foram escalados para a II Guerra Mundial, mostrando assim o civismo e o amor pela pátria amada, citaremos, sem desmerecer os demais, os nomes de alguns deles: Louro André, Paulo Tenório, Zé Luiz, Manoel Ferreira de Amorim, Jássom (Jatobá), Genauro, José César Teixeira, Vicente Guerra, Almir, Zé Augusto e Vavá.

Três miguelenses seguiram para a Itália para o Monte Cassino, Foram eles: Genauro, Zé Augusto e Vavá, dois deles voltaram sãs, apenas Vavá que voltou com problema, pois o mesmo perdeu a fala, por motivo de um derrame. Algumas pessoas me ressaltaram que foi uma injeção aplicada pelos americanos para que ele não contasse nada sobre a guerra.

Os demais miguelenses permaneceram na Barra de São Miguel e em Pernambuco, no território de Fernando de Noronha (no rochedo São Pedro e São Paulo) ansiosos, preparados e prontos para lutarem. Apenas esperando alguns comunicados das tropas Brasileiras.

Mas graças a Deus todos voltaram com vida e foram recebidos com festa, pelos familiares e amigos, que aplaudiram de pé os bravos heróis miguelenses.

 

 

FILHOS ILUSTRES E PERSSONALIDADES IMPORTANTES

 

São muitos os seus filhos ilustres e cidadãs, citaremos, sem desmerecer os demais, os nomes de alguns deles:

 

Modesto de Souza Bittencourt, mais conhecido como Modesto de Souza, era filho de sertenejos humildes que queriam que ele fosse comerciante.

Adolescente, modesto de Souza fugiu com um circo, apaixonado por uma bailarina espanhola. Começou a trabalhar em operetas, comédias musicais, revistas e teatro dramatico.

na peça "Anastacio" teve seu melhor momento no teatro, com o personagem Cachacinha, seguindo-se "O senhor Puntila e seu criado Matti", de Brecht e onde Canta o Sabiá", de Gastão tojeiro, em 1966.

modesto de Souza estreou no cinema em 1939 no filme "Anastácio", repetindo o mesmo sucesso do teatro e fez destecada carreira cinematográfica ao participar dos filmes "tico-tico no fubá"(1952), com grande atuação "Orfeu do carnaval" (1959), " terra em transe" (1967), dentre outros.

Modesto de Souza morreu aos 70 anos de idade

 

Douglas Apratto Tenório: Mestre e Doutor em História pela Universidade Federal de Pernambuco e Autor de Vários Livros sobre a História de Alagoas.

Guiomar Alcides de Castro: Escritora, escreveu o livro sobre São Miguel dos Campos é membro da Academia Alagoana de Letras e pertence ao Grupo Literário Alagoano.

Dr. Amauri Campos Matos: Graduado pela universidade Federal de Alagoas – UFAL, Pós-graduado na de SUS, Cirurgião Obstetra, Vídeo Cirurgião, presta serviços no hospital da UNIMED, na Santa Casa de Misericórdia de Maceió e como médico e diretor da Santa Casa de Misericórdia de São Miguel dos Campos.  

Dr. Agatângelo Vasconcelos: Escritor e médico e Bacharel em Filosofia, exercendo a psiquiatria e a docência na universidade em Maceió.

Dr. Rui Soares Palmeira: Bacharel em Direito pela Faculdade de Pernambuco, ocupou os cargos de oficial do Gabinete da Prefeitura de Maceió, Secretário do Gabinete da República de Maceió, Diretor do Departamento Municipal de Estatística, Delegado de Polícia de Maceió, Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (Seção de Alagoas), Deputado Federal e Senador por duas vezes.

Antônio César de Moura Castro: Bacharel em Direito, ocupou o cargo de Juiz da Comarca de São Miguel dos Campos e foi Desembargador do Estado de Alagoas.

Maria Betânia Rocha de Oliveira: Mestra em Literatura Brasileira pela UFAL, pós-graduada em Metodologia do ensino de língua portuguesa, professora de literatura infantil, professora de língua portuguesa e literatura brasileira da Escola Tarcísio Soares Palmeira e coordenadora do curso de letras da Escola Superior de São Miguel dos Campos (ESMIC).

José Barbosa de Moura: Exerceu a função em várias escolas do município, tais como: Escola Ana Lins, Visconde de Sinimbu, Colégio Imaculada Conceição e Escola Paroquial São José. Gerente do Centro Social Urbano Maria Antonieta Teixeira Leite. Vice-diretor da Casa da Cultura. Membro Fundador do Grupo Teatral de Amador Miguelense (TAM). Fundador do Grupo Teatral Raízes. Fundador do 1o Festival de Talentos de São Miguel dos Campos e Fundador da Associação dos Moradores do Bairro de Fátima e também recebeu da Academia Maceioense de letras a comenda Rodrigues Gouveia pelos relevantes serviços prestados à cultura alagoana.

José Luiz da Silva, Alagoano de Sãio Miguel dos Campos, poeta, repentista, e violeiro, conhecido em ALAGOAS como rouxinol do norte. Foi presidente da Associação dos repentistas e violeiros do estado de Alagoas, tamanha importância que representa dentro da cultura popular do nosso município.

Diney Soares Torres: Deputado Estadual de Alagoas, na sua gestão trouxe vários recursos para o engrandecimento de São Miguel dos Campos.

Nivaldo Jatobá: Industrial, Deputado Estadual, e Prefeito do município por duas vezes, onde recebeu o título de melhor prefeito do nordeste.

Julio Soriano Bonfim: Foi Vereador, Deputado Estadual, Prefeito do Município e Aspirante do Exército Brasileiro.

André Carlos Vieira dos Santos: Pedagogo, Diretor de teatro, presidente da associação teatral arte e fé, Ex. Diretor do Departamento de Cultura (Casa da Cultura), recebeu o título do Memorial Pontes de Miranda por organizar e incentivar grupos de estudantes no projeto “ A Escola Vai ao Museu”, também foi agraciado pela Academia Maceioense de Letras com a comenda jornalística Rodrigues de Gouveia pelos relevantes serviços prestados à cultura Alagoana.

Rosiane Santos: Foi a primeira mulher prefeita do município, formada em direito e governou por dois mandatos.   

Maria Cândida Soares Palmeira: Jornalista e colunista do Jornal Gazeta de Alagoas..

Gladys Bezerra Apratto: Professora, exerceu o cargo de Diretora da Casa da Cultura recebeu a Comenda Escritora Heliônia Ceres.

Roberto e Fernando Lopes: Artistas Plásticos de Renome do Estado de Alagoas,participaram de várias Exposições tanto no Brasil como no Exterior.

Dr. Rubens Pacheco: Grande intelectual, advogado, orador, exerceu a presidência do I.A.A. em Alagoas.

George Clemente: Político, Diretor-Presidente da DISBEC (Distribuidora de Bebidas do Estado de Alagoas), assumiu a cadeira da assembléia Legislativa como Deputado Estadual de Alagoas, e é o atual prefeito do municipío de São Miguel dos Campos.  

Maria José Palmeira: Escritora e colunista do Jornal Tribuna de Alagoas.

Maria Rocha Cavalcanti Accioly: Historiadora e Escritora Miguelense.

Guilherme Soares Palmeira: Foi Governador do Estado, Senador,é atualmente Ministro da Republica.

Luiz Fernando: Jornalista, Secretário de Administração do município por três vezes, secretário de Educação, Diretor do Ginásio São Miguel. 

Dr. Carlos Benigno Pereira de Lyra Neto: Empresário de renome não só em Alagoas como também no Brasil. É diretor do Grupo Carlos Lyra.

Abelardo Lopes: foi Deputado Estadual, Industrial de renome no Estado de Alagoas, um grande incentivador da cultura miguelense.

Adalberto João de Lima (conhecido como ara): foi quatro vezes vereador do município, sendo uma como suplente, recebeu o titulo de cidadão honorário de São Miguel dos Campos. Pelos relevantes serviços prestados à comunidade miguelense.

 

Dra. Marly Ribeiro Souza Aprígio: Advogada, professora, Ex-vereadora, Ex-diretora da Escola Ana Lins, Ex-presidente da OAB (secção de São Miguel), Ex-presidente do Rotary Clube. Uma mulher de caráter exemplar, realizou e vem realizando várias atividades em prol da comunidade  miguelense.

Elizeu Marques de Lima: Farmacêutico, vice-prefeito, dedicou toda sua vida em prol da saúde direcionada às pessoas mais carentes.

Humberto Maia Alves: Prefeito do município por três legislaturas. Ficou reconhecido na história do município como “o prefeito dos pobres”.

Dr. Agnaldo Machado: Médico, político, realizou inúmeros projetos sobre à saúde além de trazer recursos para o crescimento da mesma.

Ineide Nogueira da Rocha:Educadora, Escritora, exerceu as funções de Diretora do Colégio Nunila Machado, Secretária de Educação,assim como também de Diretora da FUNESA.

 

POLÍTICOS

 

São muitos os Prefeitos Intendentes, citaremos, sem desmerecer os demais, os nomes de alguns deles: Antônio Máximo da Cunha Rêgo,José Antônio da Cruz,José Vúlpiano de Araújo Jatobá,Salvador Apratto, Miguel Cérsa Teixeira,Alcides Moreira de Sá,José Calazans de Medeiros,Octacílio Moreira de Sá,Julio Áudio Gonçalves Plech, Rômulo de Almeida, Adalberto Guedes Nogueira, Aprígio Bonifacio da Costa Silva, Francisco da Rocha Santos, Drº José Neto, Júlio da costa Barros, Drº Valfredo, João Satírio, Luis Matos, Valdemir Falcão e José Romarys. O término da segunda guerra mundial (1945), coincidiu com o fim do Estado Novo Brasileiro. Entrou o país em fase de eleições limpas e honestas, transigindo-se em fecunda experiência democrática que permitiu, de modo geral, dentro da relatividade de funcionamento de qualquer regime que fossem sendo atendidos pelos governos, as aspirações e os reclamos mais imediatos de toda a história da sociedade, talvez pela primeira vez, em toda a história do Brasil, tenha o povo sentido e compreendido da eficiência das pressões populares sobre as decisões do governo o que constitui a própria essência da democracia.

Os prefeitos eleitos pelo povo: José Medeiros Apratto (1947/1950), Pedro Fernandes da Costa (1951/1953), Por motivo superior o prefeito Pedro Fernandes da Costa teve que se afastar da prefeitura e assumiu no seu lugar o presidente da câmara Municipal o Sr. Antônio Coimbra de (1954/1955).Armando Soares (1955/1958) Armando Moreira Soares renunciou no final do mandato assumiu o seu lugar por um mês o Sr. André Correia dos Santos, em 1959 o presidente da Câmara Municipal, Paulo Uchôa Cavalcante (1959/1960)assumiu a prefeitura de São Miguel dos Campos por dois anos até que resolvesse uma nova eleição para prefeito. Moacir Cavalcante de Albuquerque foi eleito pelo povo no pleito (1961/1964), depois veio Humberto Maia Alves (1965/1968), Júlio Soriano Bonfim (1969/1972), Humberto Maia Alves (1973/1976), Tarcísio Soares Palmeira,(1977/1979) assumiu a prefeitura de São Miguel dos Campos por dois anos, com o seu falecimento assumiu o seu lugar o vice-prefeito Manoel Ferreira de Amorim (1979/1982). Observação:Manoel Ferreira tirou quatro anos de mandato, com dois do então prefeito falecido que tirou dois anos, este pleito teve a duração de seis anos. Logo após veio Wellington Apratto Torres (1983/1988) com a mudança aprovada pelo senado para governos estaduais e municipais,Wellington Torres tirou o mandato de seis anos, depois esta tal emenda foi desfeita pelos senadores e tudo voltou como era antes, de apenas quatro anos.

Logo adiante veio Francisco Hélio Cavalcante Jatobá, (1989/1992), Humberto Maia Alves, (1993/1996), Nivaldo Jatobá (1997/2000) e (2001/2004), Rosiane Santos (2005/2008). e (2009/ 2011). Rosiane Santos teve seu cargo cassado em 2011. E no 9 de outubro, George Clemente foi emposado como Prefeito de São Miguel dos Campos e assumiu a prefeitura no dia 10 de outubro de 2011.E hoje o atual prefeito da cidade George Clemente que foi eleito no pleito (2013/2016)

Também tivemos na nossa história política grandes homens que assumiram cargos importantes tanto em Alagoas como no Brasil.

Citaremos alguns deles: Francisco da Rocha Cavalcante (vice-governador do estado de Alagoas), Rui Soares Palmeira (Senador da República e Deputado Federal), Guilherme Soares Palmeira (Deputado Estadual, Governador do Estado de Alagoas, Senador da República e Ministro do tribunal de conta da união), Wellington Apratto Torres (Deputado Estadual), Diney Soares Torres (Deputado Estadual), Júlio Soriano Bonfim (Deputado Estadual) Prefeito e aspirante do exército brasileiro, Nivaldo Jatobá (Deputado Estadual) e Prefeito por duas vezes, além de outros filhos miguelenses que prestaram serviços ao nosso país.

A Prefeitura Municipal de São Miguel dos Campos já funcionou no prédio da Casa da Cultura, Coordenadoria Estadual, antigo mercado público e no prédio da Câmara Municipal. 

 

 

LENDAS

 

Os povos antigos de São Miguel dos Campos se surpreendiam com os ecos e as visões, por isso, criaram lendas, tentando explicá-las, através da mitologia popular.

 

A Lenda da Princesa do Furado

Diz a tradição que na conquista holandesa, os flamengos se apoderaram do Engenho Santo Antonio do Furado, comumente conhecido como Furado. Quando os flamengos foram derrotados, não puderam conduzir um grande tesouro, que teria sido enterrado na gruta pedra calcária ali existente e que denominam Buraco do Furado. Logo à entrada da gruta existia uma pequena sala, cujo teto tinha o formato de um sino, que desapareceu com a extração da pedra para o fabrico da cal. Após esta sala, a gruta torna-se mais estreita, afirmando as pessoas que lá estiveram, mas adiante passa uma nascente que vai sair à beira do Rio São Miguel, perto da gruta há um antigo paredão de alvenaria, principalmente de uma represa, que não se sabe para que foi levantado. E entre o paredão e a entrada da gruta existe uma pedra a superfície da terra onde há riscos, parecendo sinais cabalísticos,dizem ter ali uma passagem secreta subterrânea para o lugar do tesouro, sendo os sinais hieróglifos indicadores dessa passagem. Coisa interessante é a capela do engenho, que antigamente o dono da propriedade que residia perto da gruta não podia dormir, porque da hora do Ângelus em diante, se ouvia parecendo vir do fundo da gruta, rufar de tambores, cornetas e ordens de Pádua. E foi construída uma Igreja com a frente voltada para gruta, desde dali desapareceu a assombração, contam também que, em noites de luar, viajantes que por ali passavam, rumo à cidade, deparavam com uma linda moça loura, sentada na pedra da entrada da gruta, que costumava fazer encomendas de fitas, linhas, agulhas e outras bugigangas, não sendo encontrada na volta para a entrega das encomendas.

 

A Lenda da Ponte Velha do Rio São Miguel

Na cabeceira da Ponte Velha (Antiga Ponte de Madeira), em meio da fundação que o rio cobre, dorme a legendária Serpente com olhos de vaga-lume, guardando a linda imagem de Nossa Senhora das Dores, que a cheia de junho de 1702 carregara de seu altar desmoronado na igreja de Nossa Senhora do Livramento, que as águas também destruíram. Muitos miguelenses que transitavam sobre a ponte, chegaram muitas vezes apreciar em noite de lua cheia a visão da tal Santa chorando lágrimas que pareciam prateadas ao lado da Serpente. Talvez pelo afeto recebido e pela proteção que a serpente tinha com a santa para que a mesma não afundasse nas águas do rio São Miguel.

 

A Lenda da Volta da Tacha

Talvez esta seja a lenda mais tradicional de São Miguel dos Campos, segundo a escritora miguelense Guiomar Alcides de Castro. Antigamente existia no fundo do Rio São Miguel, uma tacha cheia de tesouro, a tal visão atraia muita gente que por ali passava. Quando foi um belo dia numa serena noite de lua, um simples carreiro que vinha puxando um carro de boi carregado de algodão, que transportava para a Fábrica de Tecido São Miguel, bem na virada que o rio dá próximo ao povoado Bernardo Lopes (onde fica localizada hoje a Usina Roçadinho), O ele viu a visão do tal tesouro, subindo e descendo sobre as águas do Rio São Miguel, bem no centro de um redemoinho. Vendo tal beleza o carreiro mergulhou dentro do rio e amarrou uma forte corda nas asas da tacha, logo após voltou para a terra e atrelou a corda no carro de boi e começou a puxar o tesouro, mas a força do redemoinho era maior. O carreiro e o carro com os bois foram arrastados para dentro do rio com tesouro e tudo.

 

A Lenda do Fogo Corredor

Muitos moradores do antigo povoado de Sebastião Ferreira (Atual Bernardo Lopes, onde fica localizada hoje a Usina Roçadinho), contavam que naquela localidade existia a visão do fogo corredor, era tido como objeto sobrenatural, pois o mesmo soltava faísca de fogo nas pessoas, principalmente as comadres que mantinham casos amorosos com os compadres e vice e versa.

O tal do fogo corredor aparecia no alto (Um pedaço de terra mais alto do que a superfície). Com destino a Fazenda do Poço (Coité), pertencente a família Vila Nova. O fogo corredor atraia as pessoas até a sua direção, quando os mesmos se aproximavam do bendito fogo, ficavam muito assustados e voltavam correndo e quanto mais eles corriam, era que o fogo corria atrás.

 

A Lenda do Melão

Tempos atrás chegou ao povoado de Sebastião Ferreira (atual Bernardo Lopes, onde fica localizada a Usina Roçadinho) um Frei, chamado de Antônio Franciscano, trazendo consigo muitas sabedorias espirituais. O tal franciscano começou a pregar nas casas dos moradores do dito povoado, fazendo muitos milagres para o povo sofrido daquela localidade. O milagroso Frei já era tido como o novo sucessor Padre Cícero, na verdade a população lhe achava um santo. Certo dia o dono da Fábrica São Miguel, Sr. Abelardo Lopes, vendo a plenipotência do Frei, mandou que dois vigias expulsassem o milagroso Frei do povoado. O Franciscano ficou muito revoltado com a atitude do dono da Fábrica, e gritou em voz alta para todo mundo ouvir: “eu vou embora desse lugar, mas em breve o mal vai tomar conta dessa Fábrica pois a mesma irá falir e vai ser toda coberta de melão”. Com pouco tempo o dito Frei morreu numa cidade do interior de Alagoas, e no ano de 1971, tudo que o Franciscano falou virou realidade, a Fábrica faliu e foi completamente coberta de melão. Algumas pessoas daquela época afirmaram que viram a visão do Franciscano no meio dos melões.

 

A Lenda do Padre Sem Cabeça

Antigamente se via no Beco do Quebra Negro a visão de um Padre sem cabeça. Muita gente tinha medo de passar naquela localidade. Certo dia um grupo de policiais, comandado pelo Coronel Floriano, botou tocaia para pegar o tal Padre sem cabeça.

Quando foi meia noite em ponto, a dita assombração vinha caminhando calmamente e o Coronel e sua equipe de trabalho conseguiram pegar o tal padre e todos eles tiveram uma grande surpresa, porque nada mais era do que um simples cidadão vestido num enorme capote, onde as abas cobria por inteiro a sua cabeça, dando-nos realmente uma visão de um padre sem cabeça, principalmente no escuro. Depois ficamos sabendo por terceiros, que o nobre cidadão vestia o capote para não ser reconhecido pelos amigos, pois o mesmo tinha um caso amoroso com uma mulher casada e exatamente à meia noite em ponto todos os dias ele ia esperá-la, que largava naquela hora do serviço, pois a mesma era funcionaria da Fábrica de Tecido Vera Cruz.

 

 

COSTUMES E FESTIVIDADES MIGUELENSES

 

O carnaval é uma festa móvel, ou seja, não tem data fixa. Começa no sábado de Zé Pereira e termina na madrugada de quarta-feira de cinzas.

O carnaval Miguelense era um dos mais tradicionais do Estado de Alagoas. Nos tempos passados o carnaval de São Miguel dos Campos transformou-se numa verdadeira festa popular, onde grupos de pessoas fantasiadas com diversos trajes saíam pelas ruas da cidade, para cantar e se divertir na folia no toque das grandes orquestras municipais.

Naquela época (1947) já existiam dois blocos carnavalescos, um conhecido como, o Osso (União das flores) comandado por Zé Monteiro e Jucandino, sua sede era localizada na Rua da Bica e o outro o Aço (As Moreninhas) da Rua do Oiteiro do Meio, comandado por Joca Alfaiate. Esses dois blocos disputavam pau-a-pau, cada um querendo ser melhor que o outro.

No povoado, Bernardo Lopes, era a maior animação. O dono da Fábrica São Miguel, Aberlardo Lopes reunia os operários e os convidados todos os anos naquela localidade industrial, para se comemorar o carnaval. Era realmente uma grande festa, onde os foliões brincavam alegremente sem parar, ouvindo o toque da orquestra do maestro Bráulio Pimentel.

Existiam na cidade dois clubes tradicionais, o Três de Março da alta sociedade e o 29 de setembro do povão, com a extinção desses dois clubes houve uma junção e criou-se o clube ACEM. Outro local apreciado pelos foliões era o salão do cinema Ideal (pertencente a João de Medeiros Apratto).

Outro fato importante do carnaval miguelense era que a orquestra ia no sábado de Zé Pereira, às quatro horas da tarde buscar os operários da Fábrica Vera Cruz, e todos saíam pulando pelas principais ruas da cidade.

Já em 1976 a maior atenção eram as escolas de sambas, com seus carros alegóricos e seus sambas enredos. A comunidade miguelense ficava ansiosa para assistir aos desfiles nas passarelas armadas na Avenida da Rua do Comércio (Praça do Relógio), era a maior animação, as pessoas torciam e vibravam alegremente pela sua escola de coração. As mais tradicionais eram as escolas de sambas, Unidos dos Caetés (organizadores: Valter e Marcos) e Águia Negra (organizadores: Sandoval e Jonathan), além dos blocos carnavalescos que também participavam do grande desfile, tais como: Sinhazinha Flor, comandada pela folclorista Nair da Bertina, As Pecinhas e o bloco do Zé Honório da Rua da Bica.

O carnaval de rua era muito famoso naquela época, os foliões saíam pelas ruas da cidade, vestidos de mulher, outros fantasiados de bobos, palhaços, mascaras de zorro e de outras inúmeras fantasias. Existia também o tradicional mela-mela, onde as pessoas jogavam farinha, água e maisena, uns nos outros, era a maior animação no toque dos bombos e tambores.

No clube ACEM, o baile carnavalesco tomava conta da cidade, não só no salão, mas em lugares acessíveis ao povo, no Mercado Municipal também conhecido pela população como légua, a Comunidade miguelense pulava desesperadamente no toque da orquestra Carapeba. Já na Praça do relógio, os foliões brincavam até de madrugada ao lado de pierrôs e colombinas.

Com o avanço da tecnologia, o carnaval miguelense perdeu um pouco a sua tradição. Mas, mesmo assim, a Casa da Cultura com apoio da Prefeitura Municipal, vem tentando através dos anos, relembrar um pouco da sua história. Não é à toa que o Canarcultura é o maior evento do momento, onde várias escolas do ensino fundamental da rede municipal desfilam pelas principais ruas da cidade com carros alegóricos e blocos carnavalescos, na maior animação com confetes e serpentinas, revivendo assim, um pouco o carnaval do passado.

Há também na cidade a escolha da rainha do carnaval e do rei momo. Nos clubes do Canavieiro e do AABB, promovem para sócios e comunidade, baile carnavalesco, com lindas fantasias.

Mas, a maior atração sem dúvida e na praça de multieventos, onde os foliões brincam em ritmo de sucesso, ouvindo o batuque do trio-elétrico e banda. Realmente a praça de eventos se transforma num lindo espetáculo, com muitas luzes e ornamentações, além de ter um grande palco, camarotes para acomodar a sociedade miguelense e ao redor da praça várias barracas de bebidas espalhadas por toda parte.

Existem também desfiles de blocos carnavalescos, pelas principais ruas da cidade, atraindo a curiosidade dos miguelenses pelas fantasias vestidas. Alguns blocos são mais antigos, como é o caso das pecinhas e do bloco do Zé Honório. Os mais novos são: o Corujão, Irmandade, Peru da madrugada, mais um,  verde branco e outros.

 

Folclore Miguelense

 

A taieira é um folguedo típico de São Miguel dos Campos, dança folclórica autenticamente de mulatos, ligados aos reinados dos congos e estruturados na época da escravidão. A taieira foi registrada pelo mestre Théo Brandão em depoimento, que Nair da Rocha Vieira, mais conhecida por Nair da Albertina, que levou a vida toda em prol do folclore Miguelense, trazia no sangue o amor pela dança e pela musica. Seu avô Jacinto de Andrade Mendonça e sua mãe Albertina de Andrade organizaram o primeiro grupo de taieiras de São Miguel, onde Nair se destacou como rainha e logo depois como mestra.

São Miguel dos Campos, hoje é conhecido na cultura Alagoana. Porter sido o primeiro município do estado oficializar a taieira, graça ao empenho de Nair da Albertina, que levou o nome de sua terra ao mais alto nível da cultura Alagoana, ela também foi a fundadora do Quilombo daqui de São Miguel dos Campos, dança esta originada dos escravos que vieram para as terras Brasileiras.

Os personagens da taieira são: O Rei, a Rainha, o Mateu, a criola em forma de boneca e quem leva é a Catarina, tipo característico das taieiras. Os trajes caracterizam da mesma forma dos reinados e quilombos. As africanas se dispõem em dois cordões; azul e vermelho, veste saias rodadas, lenços amarrados na cabeça, com xales nas costas ou nos ombros, além de muitos enfeites. Antes de apresentar, elas fazem uma homenagem a são Benedito e nossa Senhora do Rosário, padroeiros dos pretos.

Na produção do som para dança, os instrumentos são: o pandeiro do mateu, o bombo, tambor, maracá e uma caixa de reco-reco. Atualmente a casa da cultura vem conservando esse folguedo, mantendo vivo o ideal da grande folclorista, Nair da rocha Vieira, através dos jovens da nossa cidade, que são administrados pela mestra Josse Leah.

Nair da Rocha Vieira, era filha de Virgílio da Rocha Vieira e Albertina Andrade de Mendonça, nasceu em 06 de junho de 1913 e faleceu em 16 de junho de 1992 em São Miguel dos Campos, teve dois filhos e três netos, era uma pessoa que gostava muito de engomar e de danças folclóricas, estudou até a 1a série. Seu avô era Epaminondas da Rocha Vieira (Barão de São Miguel) neto de Ana Lins e sua avó Maria Rosa Medeiros de Mendonça, que era cria da casa e teve uma relação com o Barão, desta nasceu (Virgílio) pai de Nair, por esse motivo a (Baronesa) deu um dote a Maria Rosa e arranjou um casamento que durou pouco tempo.

 

A TAIEIRA É NOSSA

 

A taieira aqui nasceu,

Neste solo esverdeado;

E hoje faz parte da história

Deste meu Brasil amado.

 

Surgiu da inteligência,

Dessa grande folclorista;

Que herdou do seu avô

O dom de ser artista.

 

Pelas ruas da cidade

Ela mostrava o seu talento;

Em toda esquina se ouvia

O eco do seu grito

 

Era a maior animação

Na rima do dá-tó-lé

Quando o grupo em coro cantava

Ponta de faca, não mata muié!

 

Lá se vai mestra Bertina,

Com seu grupo enfeitado;

Com roupas coloridas

E de lenços iluminados.

 

Hoje seu nome se encontra

No livro da eternidade;

Nair é um exemplo!

Para os jovens da cidade.

 

Esta nossa tradição,

É a dança mais bonita;

É obra é inspiração!

Da grande mestra Bertina.

 

Também podemos destacar a Baiana dos Homens, uma verdadeira obra de arte, onde os homens vestido de mulher dão seu show a parte, enchendo os olhos de todos os alagoanos. Além da Baiana existem também a Dança Portuguesa e o Coco de Roda, todos comandados pelo mestre Geraldo Bezerra do Bairro de Fátima. Há no município o Pastoril “Nossa Senhora do Ó”,de Dione Anacleto, além do Guerreiro do mestre Cecílio (falecido) do Bairro da Rodoviária.

Feira de Ponte

A feira da ponte já existia desde o século XIX. Vários comerciantes vinham de várias partes do Estado de Alagoas e também de outras localidades principalmente do nordeste, comercializar as suas mercadorias para o povo de nossa terra.

Nos tempos passados os pescadores de Lagoa Azeda, Jequiá da Praia e da Barra de São Miguel transitavam por dentro do rio São Miguel, com destino ao porto da Bexiga, realmente era um lindo espetáculo, várias embarcações navegavam em silêncio pelas águas calmas do grande rio.

A embarcação que ia à frente era quem dava o sinal dá chegada da tripulação, através de um buzo.

Os pescadores negociavam seus pescados às margens do rio São Miguel mais infelizmente essa grande tradição foi esquecida de nossa história.

Graças a força de vontade do prefeito do município, que trabalhando em prol dos miguelenses e da cultura de nossa terra é que vem mantendo a nossa feira forte e viva no cenário nacional.

A feira da ponte começa, logo após o termino da feira oficial do município, onde vários feirantes começam armar suas barracas na segunda-feira, os demais só chegam à terça-feira pela manhã.

Ela começa na rua da ponte indo de encontro a Praça Padre Júlio de Albuquerque e se espalha por toda dimensão do comercio.

A feira da ponte se torna num verdadeiro teatro ao ar livre, onde vários artistas mostram seus trabalhos ao grande público miguelense como: panelas de barro, artesanatos, bugigangas, alumínio, objetos de plásticos, roupas, calçados, pratos de louças, copos de vidros e tantos outros artigos espalhados por toda parte da cidade.

A feira ainda conta com várias brincadeiras culturais como: shows artísticos, emboladas, folguedos, parque de diversão e comidas típicas em geral, e a nossa maior atração cultural, tendo inicio dois dias antes da sexta-feira da paixão (quarta-feira), terminando na madrugada de quinta-feira.

Não é de hoje, que os alagoanos sabem do potencial da feira da ponte, a maior festa popular de São Miguel dos Campos, onde de tudo se encontra de bugiganga a raízes de pau.

 

 

 

Feira da Ponte

 

Que bonito é a feira da ponte,

Vem gente de todo lugar

Onde de tudo se encontra;

Para vender e para comprar.

 

Tem roupas, calçados e panelas,

Frutas,mariscos e verduras;

Cereais, alumínios e violas,

Bolos, bolachas e rapaduras.

 

Pregos, porcas e parafusos.

Selas, arreios e bugigangas;

Quentinhas, picolés e sucos;

Cervejas, carnes secas e ciganas.

 

Tudo dela é divertido

Os folguedos e as cantorias

Sua historia e a sua gente

Que tem o dom de poesia

 

Na quinta-feira, a feira se acaba

Todos na maior animação

E os feirantes vão embora

Com São Miguel no Coração

 

Paixão de Cristo

 

Uma grande atração da semana santa em São Miguel dos Campos é a Associação Teatral Arte e Fé, que atrai centenas de pessoas para assistirem ao espetáculo da paixão de cristo encenado por jovens atores miguelenses, onde apresentam os últimos passos de Jesus Cristo, em um dos principais espetáculos do estado, que tem também como diferencial o acesso que é inteiramente gratuito durante os dois dias da encenação. A cada ano que passa o grupo traz várias inovações em artes e em recursos tecnológicos, tornando assim a cada ano um espetáculo novo.

 

Festa Junina

 

Em todo estado de Alagoas, já se sabe que São Miguel dos Campos, vem realizando uns dos melhores festejos de São João do nordeste brasileiro, onde milhares de pessoas, entre elas visitantes, todas as noites brincam e dançam em clima de total descontração e segurança, contando com as maiores atrações da atualidade.

São 19 dias de festas começando no dia 12 até o dia 30 de junho,diversas bandas de forró e artistas consagrados vêm mostrar o seu talento e animar o arrasta pé até de madrugada, com várias atrações por noite.

Existe também na Praça Multieventos prefeito Nivaldo Jatobá, um palco fixo de frente para rio São Miguel, equipado de luzes, refletores e um som de alta qualidade para que as bandas de forró possam fazer seu show em alto estilo. Também é montada a mais completa estrutura modular para promoção de festejos juninos, um galpão coberto de lona com uma área em torno de 1.400 metros quadrados para abrigar cerca de 6.000 pessoas dançando. Camarotes para acomodar os convidados, autoridades e a sociedade Miguelense, várias barracas padronizadas com serviços de bar e venda de comidas típicas. Também existe um palco, para que as quadrilhas dancem livremente sobre aplausos e animação da platéia, que vibram com sua quadrilha do coração e os quadrilheiros retribuem acenando com os chapéus, dando graças da sua criatividade em prol da cultura da nossa terra, além de ter um estacionamento para cerca 2.500 automóveis,instalações sanitárias e uma completa estrutura para serviços de apoio e emergência,como posto policial a guarda municipal e um atendimento médico. Durante algumas tardes a animação acontece na antiga praça do relógio por conta do Festival de Culinária Junina realizado pela Casa da Cultura, Porque em Alagoas São João é São Miguel.

 

Emancipação política

 

Seria de fundamental importância para os miguelenses, se o prefeito do município de São Miguel dos Campos, comemorasse a emancipação política na sua data oficial, ou seja, 18 de junho. Porque foi neste dia que São Miguel dos Campos, desmembrou-se da cidade de Alagoas (atual Marechal Deodoro) e foi elevado á categoria de cidade pela lei 423, de 18 de junho de 1864. Mas por um decreto de lei, decretado pelo prefeito da época Júlio Soriano Bonfim, para que a data de Emancipação Política de São Miguel dos Campos, fosse comemorada no mesmo dia da data do descobrimento do rio São Miguel, ou seja, 29 de setembro, alegando ele, que o mês de junho era bastante chuvoso e não daria condições de realizar as apresentações cívicas da cidade.

  A abertura da festividade é com a cerimônia de hasteamento das bandeiras, Nacional, estadual e Municipal e a execução do hino do município, acompanhado pela banda filarmônica maestro Bráulio Pimentel, sobre a regência do maestro Paranhos. A tarde desfile cívico com os estudantes, onde várias escolas da rede municipal de ensino e convidadas, desfilam palas principais ruas da cidade,mostrando o civismo e o seu amor em prol da terra natal, encerrando a festividade, a noite show na praça multieventos prefeito Nivaldo Jatobá.

 

Procissão de São Sebastião

 

A procissão de São Sebastião é festejada todo ano sempre no 1º domingo de novembro o santo sai do município de Jequiá da Praia em direção a fazenda Sinimbu de propriedade do Sr. Petrúcio Lopes, sua imagem visita a casa do saudoso Miguel Luzia onde permanece durante o dia. A tarde o santo chega na usina Caeté. Lá é celebrada uma missa em ação de graça aos trabalhadores daquela localidade açucareira. Ás 15:00 horas ele sai em procissão em direção á cidade acompanhado por uma grande multidão  de fiéis. A maioria vestidos de vermelho, outros de pés descalços, alguns de bicicleta e até mesmo de cavalo, verdadeiro ato de amor e fé pagando com certeza sua devoção alcançada ao referido santo.   

Não se sabe ao certo quando começou essa peregrinação, o que se sabe é que o santo é muito amado pelo povo de minha terra. A sua imagem é carregada na cabeça pelos fieis acompanhado por uma banda de pífano, percorrendo as principais ruas da cidade. No começo da noite o santo chega a igreja matriz da Nossa Senhora do Ó, onde é rezada uma missa campal, logo após, o santo volta a sua cidade de origem. Já houve época que o santo visitava as ruas e os bairros, saia de casa em casa onde os fieis doavam relíquias, prendas ou dinheiro que serviam para o leilão que era feito nas ruas da cidade e nas fazendas do nosso município.

Depois de quinze dias o santo deixava São Miguel dos campos, onde era acompanhado até a saída da cidade pelos fiéis. O mais interessante é que a procissão é uma verdadeira festa, onde todos participam, até pessoas de outras cidades. Ainda hoje não se sabe qual foi o motivo dessa tradição ter se acabado.

 

Festa de Nossa Senhora do Ó

 

A festa da Padroeira de nossa cidade começa no dia 18 de dezembro e vai até o dia 01 de janeiro. Essa comemoração religiosa dura 15 dias,permitindo aos miguelenses dias de muita alegria e devoção a sua crença religiosa.Tem como atrações:O Novenário,de Nossa Senhora,Bingos,Quermesse,Leilões,Danças Folclóricas e para o divertimento das crianças tem o parque de Diversões Nossa Senhora do Livramento vindo de Caruaru.

Na Festa existe também outras opções de divertimento que são os bares onde as famílias se reúnem; Os shows com artistas da terra  e os cantores Bíblicos que agradam muito aos miguelenses, temos também barracas culturais e as de comidas típicas, com uma variedade muito grande de artigos artesanais.

Para o embelezamento da festa, a Paróquia tem como apoio os patrocínios de nossa cidade; Negociantes, Fazendeiros,Industriais, Autoridades e as convidadas a ser a Madrinha de Nossa Senhora do Ó, isto quer dizer tem que contribuir com alguma coisa em dinheiro para a Igreja.

A Missa tem uma maior duração, com a participação dos “Corais” e dos “Padres” vindos de fora para ajudar o padre de nossa cidade e juntos com os fiéis as missas, são demonstrações de fé de cada miguelense. O encerramento da festa é com a procissão da Padroeira Nossa Senhora do Ó, acompanhada de seus Padroeiros de outras Igrejas:São Miguel Arcanjo,São Benedito e nossa Senhora de Fátima. Deslocam-se de suas Igrejas para homenageá-la.

 

Banda de Música

 

A escola de música Francisco e Abelardo Lopes foi fundada no dia 03 de janeiro de 2004, pelo prefeito Nivaldo Jatobá. Nela surgiu a Banda de Música Maestro Bráulio Moreira Pimentel, sob a regência do maestro Luís Carlos Sandes Paranhos, hoje quem comanda a banda é o maestro Florisjan Cahet dos Santos, Além de ter também a banda de pífano os caetés.

Ainda existem três associações culturais no município. A associação teatral Arte e Fé que foi criada no dia 07 de Julho de 2002 pelo teatrólogo André Carlos Vieira, associação dos artesões de São Miguel dos Campos, que tem como presidente o estilista Roniekson Pereira, como também associação de jovens do Bairro de Fátima.

 

 

INDÚSTRIAS E RIQUEZAS NATURAIS

 

A Fábrica de Tecido Vera Cruz

Antes de tudo é importante relembrar a história da fábrica de tecido Vera Cruz, foi criada no inicio do século XX em 1925, a fábrica era dirigida por um grupo de acionista, naquela época os acionistas venderam suas ações para o Dr. Leocradio dono da fazenda escuro, que logo após vendeu para o grupo João Nogueira S/A.

O solo miguelense era empestado de algodão, principalmente às margens do rio São Miguel. Em 1973 com o aumento da produção de tecido, a fábrica teve que comprar novas máquinas para abastecer o comércio local e de outras localidades fora do município.

A fábrica de tecido Vera Cruz ainda hoje mantém a sua vila industrial, com mais de 100 casas populares.

Mas com a crise que passa Alagoas e o Brasil, a sua produção diminuíram completamente, vários empregados foram demitidos, chegou o ponto de fechar suas portas, segundo seu proprietário à fábrica faliu por causa da situação financeira, principalmente o preço alto do algodão.

 

 

A Usina Roçadinho

Com a extinção da Fábrica de tecido São Miguel em 1971, a família Lopes vendeu a fábrica e as suas ações para o grupo Mendo Sampaio S/A de Pernambuco.

Todo o complexo industrial da Usina Roçadinho esta montado no vale de São Miguel dos Campos, Alagoas, a responsabilidade de Ricardo Sampaio. Nas terras da usina são plantadas canas da melhor qualidade e de alto teor de sacarose. A sua primeira experiência foi realizada em 1974, com sucesso, obtendo uma boa produção.

A Usina Roçadinho se desenvolveu bastante com o avanço da tecnologia. A fábrica de óleo de caroço de algodão que pertencia à fábrica de tecido São Miguel foi transformada em garagem para acomodar os caminhões e máquinas da referida usina, também se mantém a antiga vila industrial que serve de habitação para os seus empregados.

 

CIMPOR BRASIL, Hoje INTERCEMENT ( pertecente ao Grupo Camargo Correa)

A antiga companhia de cimento Atol começou a escrever sua trajetória de sucesso em 1977. Instalada pelo grupo BRENNAND na cidade alagoana de São Miguel dos Campos, a 60Km de Maceió, a Companhia de Cimento Atol entrou em atividade instalada de 300 mil toneladas ao ano de clinquer, em um só forno com tecnologia francesa – FIVE CAIL BABCOCK. A fábrica possui uma área construída de 60 mil metros quadrados, enquanto que as reservas das principais matérias-primas lá utilizadas (calcário e argila) completam o espaço ocupado pela mesma, totalizando 400ha de área. Atende a demanda existente na região. Uma segunda unidade com as mesmas características tecnológicas da atual, será responsável em breve por 660 mil toneladas ao ano de clinquer, levando a empresa a um potencial de produção de aproximadamente 1 milhão de toneladas ao ano. Uma marca a atingir, sem dúvida, com a qualidade de sempre; a quantidade certificada com o 9002.

Em 2000, um grupo de portugueses comprou a Companhia de Cimento Atol, atual CIMPOR do Brasil S/A. A fábrica recebeu este nome logo após a sua compra.

O diretor industrial do grupo, Luis Carlos Fernandes vem investindo na fábrica, aumentando cada vez mais a sua produção e que não para de crescer. O resultado é bastante positivo, segundo os colaboradores. |Hoje, a CIMPOR Brasil S/A é composta por 8 fábricas de cimento em todo o Brasil.

A marca de cimento no mercado de São Miguel dos Campos é o cimento Zebu.

 

Usina Caeté S/A

Criada 1942 foi denominada companhia de melhoramento do Vale do Rio São Miguel (Cooperativa).

Objetivo: atender aos proprietários da região, facilitando o escoamento de cana existente.

O cooperativismo nos melhores moldes, como o adotou os senhores de engenhos do Vale do Rio São Miguel, é reunindo-se para a fundação de uma Usina de Açúcar, só assim pela solidariedade e pela união, é que o Burguês não morrerá da morte brusca.

Em setembro de 1943, os senhores de engenhos do Vale do Rio São Miguel reuniram-se e fundaram a cooperativa dos Plantadores de Cana de São Miguel dos Campos, com capital subscrito de 630 mil cruzeiros, deram inicio a tarefa de fundar uma Usina de Açúcar e de Álcool.

Dois anos depois a usina era realidade, começou a funcionar em janeiro de 1946, a Companhia de Melhoramento do Vale do Rio São Miguel (Usina Caeté), primeira fábrica de Açúcar, pelo sistema de cooperativismo, inaugurada não apenas no Brasil, mas em toda a América do Sul. E assim desapareceram os bueiros dos engenhos de água ou de animais para dar lugar a uma chaminé mais alta, a chaminé da usina.

1961 – A Companhia de melhoramento do Vale do Rio São Miguel é vendida ao Sr. José Toledo.

1965 – O Dr. Carlos Lyra, o Sr. Adelmir Lima (Contador da Lagense) e o Sr. Edgar Soares Pinto adquiriram a Companhia de Melhoramento do Vale do Rio São Miguel passando estão a chamar-se “Usina Caeté Açúcar e Álcool” e conseqüentemente Usina Caeté S/A.

 

Produção

Safra de 64/65 – 5.000 Toneladas

Safra de 65/66 – 83.000 Toneladas (por causa do avanço da tecnologia)

Safra de 05/06 – moagem diária – 10.000 Toneladas/dia – 3.500 (três milhões e quinhentas) sacas de açúcar de 50 Kg.

GRANBIO

A GranBio  é uma empresa de biotecnologia industrial 100% brasileira, controlada pela Gran investimento S/A, holding da família Gradin. A indústria está localizada na cidade de São Miguel dos Campos, estado de Alagoas, no vale do rio São Miguel. A visão do proprietário é de proporcionar uma revolução verde, capaz de transformar o real potencial de biomassa brasileira em riqueza energética. A companhia foi a primeira a anunciar uma planta comercial de etanol de segunda geração no Hemisfério Sul, prevista para entrar em operação no início de 2014, a unidade vai produzir 82 milhões de litros do BioCombustível, o que fará dela uma das maiores do mundo em operação. Em janeiro de 2013, o BNDESPAR, o braço de participações do BNDES, tornou-se acionista minoritário da GranBio, com 15% do capital da companhia.

Cana-de-açúcar

A cana-de-açúcar é a maior fonte de riqueza de São Miguel dos Campos, suas terras são bastante produtivas, por ter um clima favorável para o plantio desse precioso produto. Seus solos argilosos e úmidos de massapé e nas várzeas de aluviões, principalmente às margens do rio São Miguel que cruza estas fabulosas terras. Os canaviais se desenvolvem e ampliam-se por toda parte do município, a primeira impressão que se dá é que o sol faz crescer a cana em plena luz do dia.

No período de moagem, as usinas empregam direta ou indiretamente várias pessoas para o corte da cana-de-açúcar e para a sua produção anual.

Com o avanço da tecnologia, começaram aparecer as máquinas cortadoras de cana e carregadeiras diminuindo, assim, completamente os serviços de mão-de-obra.

O álcool é outro produto bastante produtivo, não só para São Miguel, mas também para todo o Brasil. Ele depois de ser misturado com o petróleo serve de combustível para os meios de transportes, e é utilizado para o fabrico de aguardente, além de servir para o consumo do dia a dia da comunidade.

A evolução da historia econômica de São Miguel dos Campos, até meados do século XX, São Miguel dos Campos era o segundo maior produtor de açúcar do estado de Alagoas.

 

Petróleo e Gás Natural

Se for possível existir uma convivência pacifica entre duas atividades econômicas aparentemente antagônicas, a agricultura e a produção de petróleo, ela acontece no município de São Miguel dos Campos. Duplamente fértil, a terra de São Miguel produz dois tipos de combustível. Na superfície, com grandes extensões de canaviais que ocupam o horizonte, cultiva-se a cana que vai gerar o álcool. No meio dos canaviais a unidade de bombeamento conhecida como cavalo-de-pau para extrair o Petróleo do subsolo, numa operação totalmente automatizada.

A primeira impressão é de que o sol faz crescer a cana e simultaneamente, jorrar o petróleo, tal a composição entre as duas formas de exploração da natureza. Nas terras dos Caetés, se depender do gás, não vai faltar energia. São Miguel dos Campos concentra uma das maiores reservas de Gás Natural do Estado de Alagoas. Atualmente o maior volume de Gás segue em gasoduto para o Estado de Sergipe e depois para a refinaria Landulpho Alves no Estado da Bahia.

Indubitavelmente o Petróleo foi descoberto em 17 de setembro de 1957, na periferia de Jequiá da Praia, na fazenda Pecó, povoado de Lagoa Azeda, marcou uma nova época tanto para o Jequiá da Praia como também para São Miguel dos Campos. Foi um dia de regozijo para os alagoanos, pois Jequiá da Praia teve o privilegio de ser o primeiro município do Estado de Alagoas (Povoado de São Miguel dos Campos, na época) a jorrar o fabuloso Petróleo na extremidade da sua grande lagoa em meio a Mata Virgem. A produção efetiva teve inicio em 1958, nos dois primeiros testes de formação foram obtidos 35 a 190 barris respectivamente. Foi encontrado também petróleo nas seguintes localidades: fazenda Pau-Paraíba, Fazenda Guajurú, Fazenda Peru, etc., algumas dessas localidades não foram exploradas pela Petrobrás. Os poços perfurados eram conhecidos como J – 1, J – 2, J – 3, etc.

Uma das imagens mais bonitas dos campos alagoanos é a do poço FPF – 3, no campo da fazenda Pau-brasil, em São Miguel dos Campos, no meio dos canaviais, um cavalo-de-pau, um separador de óleo, um tanque de armazenamento e um gasoduto parecem quebrar a monotonia da paisagem sem, contudo, interferir na harmonia. Além disso, a exploração de petróleo situa-se junto aos mananciais de águas importantes, como o rio São Miguel no campo do Furado.

O município de São Miguel dos Campos é o Texas Caetés produzindo mais da metade do petróleo e gás natural em Alagoas, em apenas três poços do petróleo com a respectiva produção são as seguintes:

1 – São Miguel dos Campos I, com a produção superior a 100m3 de gás/dia e 300 barris de petróleo/dia.

2 – São Miguel dos Campos II, com a produção de 400.000m3 de gás/dia a mais de 50 barris de petróleo/dia.

3 – Fazenda Furado com 500m3 de gás/dia e 3.000 barris de petróleo/dia.

 

SÍMBOLOS DO MUNICÍPIO

 

 

 

Bandeira de São Miguel dos Campos

O idealizar a bandeira de São Miguel, a autora Rosa Virgínia escolheu as cores dessa maneira. São Miguel era uma cidade pacata, onde o azul do céu confundia-se com o verde dos canaviais e de trechos remanescentes da Mata Atlântica. Daí as cores escolhidas: o verde azulado representando a mesclagem do azul do céu com o verde da terra e o branco que obviamente representa a paz. A bandeira do município foi criada pela lei n°616 de 24 de agosto de 1970 no governo do então prefeito Julio Soriano Bonfim.

 

Escudo

No brasão ela procurou referenciar os principais fatores do desenvolvimento de São Miguel. Assim, no quadrado inferior direito, a área listrada lembra o Rio, responsável pela fundação da cidade, o que foi por muitos anos o principal agente do seu crescimento. Do lado esquerdo, duas canas cruzadas representando sua agricultura inicial e que até hoje se mantém – a cana-de-açúcar. Finalmente do lado direito, em cima, a referência às indústrias sempre presentes no Município – dos Antigos Engenhos às modernas usinas de açúcar e fábrica diversa, assentado num fundo escuro, lembrando o petróleo riqueza do subsolo Miguelense.

O Brasão do município foi oficializado pela lei n° 092/85 na gestão do então prefeito Wellington Torres.

 

Hino Municipal de São Miguel dos Campos

O Hino do município de São Miguel dos Campos foi criado pela lei n°616 de 24 de agosto de 1970 e oficializado no governo de Júlio Soriano Bonfim, com respectivas letras de autoria de Iramilton Leite e música do maestro Benedito Fonseca.

 

 

São Miguel dos Campos feliz território,

Dos campos vestidos por canas viçosas;

Dos ares floridos de estrelas formosas,

Dos jardins tecidos com brisas e rosas...

 

Teu rio translúcido que a fome,

Sacia da gente que busca os seus dons;

Chamado-se tal como tu, o teu nome,

Repete nas águas em sonoros tons.

 

Teus operários ativos obreiros,

No duro trabalho tem braço risonho;

Mágicas colméias são as tuas fábricas...

Do açúcar mais puro e de panos de sonhos.

 

(Estribilho)

São Miguel dos Campos de azul te coroas,

Levando diversos emblemas de glória;

Bem alto revoas recitando versos,

A luz de alagoas, no céu da historia.

 

São Miguel dos Campos, heráldico berço,

Dos homens altivos, de ilustras senhoras...

Na paz compassivos, teus filhos valentes,

São armas urgentes nas cívicas horas.

 

Invencível terra, por bravas façanhas,

Ganhastes da sorte preciosa espolio;

Nas profundidades de tuas entranhas,

Palpitam os veios do rico petróleo.

 

Secular cidade, passado plasmado,

Com fé e ciência, com sangue esperança,

Fecundo presente futuro plantado,

Na inteligência de tuas crianças.

 

ASPECTOS GERAIS DO MUNICÍPIO

 

O município de São Miguel dos Campos tem uma área de 360.80 Km2 e está situado no leste de Alagoas, na Mesorregião da Mata Alagoana e na Microrregião dos tabuleiros de São Miguel dos Campos, a sede está localizada a 60Km de Maceió e tem uma altitude de 12 metros acima do nível do mar,  sua posição determinada pelas Coordenadas Geográficas é de -9º, 47º, 51,60º de latitude Sul, em sua interseção com o Meridiano é de -36º, 05º, 38,40º de longitude Oeste.

 

Limites

Ao Norte com Boca da Mata e Pilar

Ao Sul com Jequiá da Praia e Roteiro     

Ao Leste com  Marechal Deodoro e Barra de São Miguel

Ao Oeste com Campo Alegre e Jequiá da Praia.

 

Cidades mais próximas

1 – Boca da Mata – 36Km

2 – Barra de São Miguel – 25Km

3 – Coruripe – 65Km

4 – Campo Alegre – 36Km

5 - Roteiro – 22Km

6 – Marechal Deodoro – 42Km

7 – Jequiá da Praia – 45Km

 

Relevo e Hidrografia

O relevo é muito variável. A baixada litorânea é modelo em sedimentos recentes, penetrando pelos vales do seu principal rio e nascente.

Escarpas marcam a passagem para o relevo modelado em rochas areno-argilosas, da formação de barreiras, onde o rio se encaixa.

No fundo dos vales, nos confins do noroeste, as rochas cristalinas aparecem originando, mais adiante, uma topografia ondulada. A altitude vai de poucos até cerca de 100 metros.

A rede hidrográfica é constituída pelo rio São Miguel, que nasce no município de Tanque D’arca, pelos riachos: Pitu, Caixacumba e Pindoba e pelas nascentes existentes por toda parte do município.

 

Riquezas Naturais

As maiores fontes de riquezas são a cana-de-açúcar, plantios menores de feijão, mandioca, macaxeira e milho, dentre outros.

De origem mineral pode-se encontrar a matéria prima do cimento, petróleo e gás natural, por sinal o município é cortado por um gasoduto da Petrobrás, além de ter também argila para a fabricação de telhas e tijolos. De origem animal, em suas maiorias são peixes, tatu, veado, paca e aves em geral.

 

Aspectos Demográficos

São Miguel dos Campos é considerado um município subdesenvolvido devido uma série de fatores. Apesar disto, porem, ele vem crescendo ao longo do tempo e a cada segundo sua população vem aumentando consideravelmente.

Segundo dados fornecidos pelo IBGE, que realizou o censo de 2010. O município de São Miguel dos Campos Atualmente tem uma população de 54.591 habitantes, distribuída da forma como apresenta abaixo.

 

        ZONA URBANA                    ZONA RURAL

52.571 – 96,3%                       2.020 – 3,7%

RESULTADO GERAL                                     Homens: 26.577 – 48,68%      Mulheres: 28.014 – 51,32%

Estimativa populacional de 2014 é de : 59,830 habitantes 

 

Representação Política

 

O município é representado pelo prefeito George Clemente e pelo Vice-prefeito Pedro Ricardo (Pedoca), e por treze vereadores

 

Poder Legislativo

José Venâncio

Uedson Silva (Pililiu do povo)

Josivaldo de Oliveira

Jalmir Santos

Nailton Cavalcante de Albuquerque Pessoa

Maria das Graças (Irmã Graça)

Lauter Cavalcante Pessoa Sobrinho

Cícero Novais

Jalon Cabral

Arsênio Martins da Silva

Aberivaldo Leite

Ednaldo Vitor

Diney Torres

 

Representação Judiciária

São Miguel dos Campos é sede da Comarca da segunda estância, existem três cartórios que fazem parte do seu dia-a-dia, cartório do Primeiro Oficio cartório do Segundo Oficio e cartório de Registro Civil, além de contar também com um Cartório Eleitoral.

O município conta ainda com ministério do trabalho, uma procuradoria estadual, um conselho tutelar, uma junta de conciliação judicativa, um juizado especial civil e criminal e o fórum Desembargador Moura Castro, além da Secretaria da Infância e Juventude.

 

Situação eleitoral

O município tem atualmente o total geral de 33.209 eleitores cadastrados. Segundo dados fornecidos pelo Cartório Eleitoral em 2008.

 

Clima

O clima, característicos da zona da mata é megatérmico saudável e quente, é sub-úmido. Influenciando por sua posição geográfica, a temperatura média é de 24,4ºC e sua variação, ao longo do ano, ficam entre a mínima de 24ºC e a máxima de 34ºC mantendo-se quase sempre elevada.

A precipitação pluviométrica média anual é de 1.400mm, entretanto, é mal distribuída ao longo do período, com duas estações bem definidas. A estação chuvosa tem inicio em fins de março, com maior incidência entre maio e agosto, acarretando excedente de água no período.

De novembro a inicio de março as chuvas são escassas, resultando em cinco meses de seca, com escassez de água superior a 300mm.

 

Vegetação

Integrante da zona da mata nordestina a região, foi em décadas passadas, coberta pela floresta nas planícies e encostas, ora devastada em toda sua extensão. Hoje, o que se vê, são extensos canaviais, campos e pequenos plantios de lavouras de subsistência.

Raramente são encontradas árvores de alto nível, pois muitas delas já foram extintas.

 

Fauna e Flora

A fauna já foi quase toda extinta. São poucas as aves e animais silvestres encontrados. Ainda são vistos alguns como: papa-capins, bem-te-vis, pardais, galos de campinas e patativas. Os animais se resumem às raposas, cotias, preás, tatus, capivaras, jacarés, guaxinins e sagüins.

A flora é composta de uma pequena área de mata atlântica tradicional, nos tabuleiros as matas deram lugar a imensos plantios de cana-de-açúcar.

 

Solo

Existe uma variação no solo entre muito profundo moderados a bem drenados, geralmente com bastante acidez e de baixa fertilidade natural.

Existe também os mais detectados, são de profundos a mais profundos, acentuadamente drenados, bem desenvolvido, ácidos bastante porosos e de baixa fertilidade natural.

Ás margens do rio São Miguel ocorrem manchas de associações de solos organominerais, fortemente ácidos, de deposição recente e característica de planícies inundadas e solos poucos desenvolvidos, ácidos, encharcados, e apresentado resíduos vegetais na sua composição.

 

Destino do Lixo

O destino do lixo é diverso. Na zona urbana existem coletas, todos os dias em veículos pertencentes à prefeitura municipal.

Uma parte é queimada e a outra parte é enterrada na terra, São Miguel dos Campos hoje é considerada umas das mais limpas cidades do Brasil.

Foi instalada no Município uma fábrica de reciclagem para gerar emprego e renda, o melhor é que muita gente saíra ganhando com isso principalmente os catadores, a natureza e os fabricantes.

 

Aglomerações urbanas

Destaque para os povoados, Bernardo Lopes e Coité.

 

Saúde

A Santa Casa de Misericórdia de São Miguel dos Campos mantém o hospital, Dr. José Inácio e a maternidade Rui Palmeira. O município conta ainda com quatorzes postos de saúde, (PSF) Programa Saúde da Família,funcionam em modos especiais, assim distribuídos, dois como referencia (Olímpia Lins e Dr. Aguinaldo Machado) prestam serviços à comunidade. Os demais postos empregam diariamente assistência médica através de consultas marcadas, além de existir também um posto ambulante que presta serviços a comunidade da zona rural.

No município existe também a Secretária Municipal de Saúde e o centro de diagnostico e conta com a cobertura do sistema único de saúde, SUS, conta também com duas clínicas infantis e vários consultórios médicos, odontológicos. Ainda existe a SUCAN, a UNIMED também contamos agora com uma unidade da SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).

O governo municipal criou uma equipe de assistentes sociais, comandadas pela secretária de assistência social que tocam diversos projetos, tais como assistência a idosos, crianças e deficientes físicos, semanalmente são realizadas avaliações do que foi implementada e a cada dia que passa esse movimento se alastra e assiste mais pessoas carentes.

São também desenvolvidas atividades por equipes profissionais constituídas por médicos, enfermeiras, assistentes sociais, além de auxiliares, visando dar uma maior assistência à comunidade carente.

 

Odontologia nas Escolas

O município mantém assistência odontológica, para atendimento a demanda, espontâneo. Realiza tratamentos recuperador e curativos, tratamento preventivo, tais como escovação supervisionada com flúor gel, bochechos fluoretados, aplicação de selantes e palestras educativas, em escolas nas faixas de 06 a 14 anos.

 

 

Principais Doenças da População

As doenças mais presentes na comunidade são: Verminose, Escabiose, diarréias, doenças do aparelho respiratório, doenças infecciosas e parasitárias.

 

Abastecimento d’água e Esgoto

O município de São Miguel dos Campos é quase todo encanado para o consumo humano. O município possui mais de dez poços perfurados para ajudar o abastecimento para toda população. O órgão responsável pela distribuição de água, para o consumo humano é o SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgoto).

O saneamento básico do município está sendo reestruturado em breve São Miguel dos Campos, estará completamente sarado desse problema.

 

Educação

O setor municipal da educação é representado por 22 escolas, sendo quinze na área urbana e sete na área rural, que atendem a educação infantil e o ensino fundamental do 1º ao 9º ano.

Com o termino da parceria, que existia entre o CENEC e a prefeitura, o colégio Cenecista foi extinto e passou a pertencer ao município com o nome de Escola Municipal Mário Soares Palmeira. O município ainda conta com quatro creches sendo duas mantidas pela prefeitura, uma pela paróquia de Nossa Senhora do Ó, e outra mantida por doações de casais.

Sob responsabilidade do estado, existe a Escola Ana Lins e a da EscolaTarcisio Soares Palmeira, que oferece ao município o ensino médio. Existem também no município várias escolas particulares, tais como, Colégio Nunila Machado, Colégio Construtivista, Escolinha Caminho da Vida, Espacinho Meu, Conceição Lyra, Batista Vida, Luiza Costa além de tantas outras escolas espalhadas por toda parte do município.

A sede da secretaria de educação, esta situado no antigo prédio do departamento de educação, que tem 1.002 servidores que são lotados nas escolas e em algumas repartições pertencentes a essa secretaria.

Existe ainda no município a 2aCoordenadoria Estadual de Educação, um laboratório de Análise Cientifica e um campus da Universidade de Alagoas (UNEAL), como também faculdades particulares tais como: Universidade Luterana do Brasil (UBRA) e a Faculdade de tecnologia e Ciências ( FTC).

No município existe também a alfabetização para jovens e adultos e o Pró-Jovem Urbano e a extensão do IFET (Instituto Federal de Tecnologia)

Na rede municipal de São Miguel dos Campos, existem na zona urbana 548 professores e na zona rural 37, totalizando 585 professores.

 

Departamento de Cultura

O seguimento da cultura está representada através da Casa da Cultura, do Museu Histórico e Cultural Fernanda Lopes, as bibliotecas publicas, Guiomar Alcides de Castro e Monsenhor Hidelbrando Guimarães e a Escola de música Francisco e Abelardo Lopes e a banda de música Maestro Bráulio Pimentel.

 

Esporte e Lazer

O esporte mais praticado na região é o futebol, por sinal o Clube Esportivo Miguelense já disputou a primeira divisão do Campeonato Alagoano, existem também no município várias equipes amadoras que disputam o Campeonato Miguelense.

O município conta com o estádio de futebol “O Ferreirão” e o Ginásio de Esporte José de Medeiro Apratto, ainda existe a quadra poliesportiva Maria Emilia vieira na Escola Municipal Mário Soares Palmeira e muito em breve existirão várias quadras e campos de futebol espalhados por toda parte da orla direita do rio São Miguel.

O lazer são as praças espalhadas por toda a parte do Município, a Praça de MultiEventos Prefeito Nivaldo Jatobá. O Clube dos Canavieiros, o AABB, as Bicas Naturais, o Balneário Tibiriçá e o passeio cultural pelas águas do rio São Miguel.

 

Pontos Turísticos

Com a separação do município de Jequiá da Praia, São Miguel dos Campos perdeu para esse município suas belezas naturais, tais como: as lagoas, Azeda e Jequiá; como também a suas praias de águas tão clara.

Hoje as bicas naturais despontam como as mais procuradas. Mas o município ainda tem inúmeras opções, tais como, o Balneário Tibiriçá o banho da adubeira, a beleza do rio São Miguel e alguns prédios históricos ainda existentes na cidade como: A Casa da Cultura, o Sobrado dos Portugueses, a Residência Dra. Marly Ribeiro e outros, alem da sua cultura e festividades populares.

 

 

Aspectos Econômicos

O município tem uma vocação industrial, é este setor que mais contribui com impostos e gerações de empregos e rendas.

A Fábrica Cimpol do Brasil S/A, a Petrobrás e as Usinas Caeté e Roçadinho se destacam dentre as demais nos Aspectos Econômico e Social, em virtude de absorver contingente de mão-de-obra.

O Comércio local é composto pelo shopping cinema e de inúmeras Lojas de Eletrodomésticos, Farmácias, Supermercados, Lojas de Sapatos, Materiais Hidráulicos e Elétricos, Materiais de Construções, Lojas de Confecções, Magazines, Perfumarias, Armazéns de Estivas, Papelarias, Mercearias, Produtos Agropecuários, Movelarias, Pré-moldados, Avícolas, Postos de Combustível, Laticínios, Madeireiras, Depósitos de Bebidas, Cerâmicas, Vidraçaria, Óticas, Peças para Bicicletas, Padarias, Auto-peças, Serrarias, Funerárias, Peças para Motores, Ferro Velho, Vendas de CD’s, lojas de R$ 1,99, Restaurantes, Bares, além de tantas outras lojas espalhadas por toda parte da cidade.Existem também algumas revendedoras de automóveis e motocicletas

São Miguel dos Campos ainda conta com um Matadouro Municipal e um Mercado Público Municipal.

A feira-livre, que acontece de domingo à segunda-feira, sendo que, a feira oficial do município é na segunda-feira, onde atrai ambulante e feirantes de toda regiões circunvizinhas e segundo informações da Prefeitura Municipal, tem em média 1.500 feirantes.

 

Agricultura

As culturas agrícolas predominantes em São Miguel dos Campos são a cana-de-açúcar, sendo considerado o segundo maior produtor do Estado de Alagoas. Além da cana, o município também produz outras culturas, tais como: Feijão, Mandioca, Milho, Macaxeira, entre outras.

 

Pecuária

São Miguel dos Campos tem uma pecuária escassa, devido aos plantios de imensos canaviais em suas terras, poucos são os rebanhos bovinos, caprinos, suínos, dentre outros existentes no município.

 

Transporte

O sistema rodoviário é o principal meio de locomoção e transporte da produção do município, através da BR 316 e 101 e AL 101 e 220, ligando São Miguel dos Campos aos principais centros do país.

A empresa Real Alagoas mantém linha regular de ônibus, em diversos horários, Maceió, Arapiraca, Coruripe, Penedo e vice-versa.

O município dispõe também com uma frota de ônibus que fazem a zona urbana e rural da cidade. E de várias associações: uma associação de moto-táxi e uma frota de táxi e também contamos com o transporte alternativo (Kombistas).

A SMTT é o órgão responsável pelo transito no município, além de contar também com a CIDETRAN.

 

Manifestações Religiosas Católicas

As festas religiosas mais tradicionais são: Procissão de São Sebastião, Procissão do Senhor Morto, na sexta feira da Paixão, festa de São Benedito, festa do Padre Cícero, festa de Corpus Christi, festa de São Miguel Arcanjo, festa de Santo Antônio, São João, São Pedro, Natal, Ano Novo e a Procissão de Nossa Senhora do Ó. Além da festa de Nossa Senhora de Fátima e do Pentecostes.

 

 

Outras Unidades Religiosas

Assembléia de Deus, Igreja Universal, Igreja Betel, Igreja Deus é Amor, Igreja Batista Vida, Testemunha de Jeová, Igreja Quadrangular, Igreja Jesus Cristo dos Últimos Dias (MÓRMOS),Jerusalém de Deus entre outras.

         Existem também espalhado por todo o município várias casas de axé, onde pratica-se a religião da cultura afro descendentes.

 

Ação Social

Desenvolve programas com idosos, deficientes físicos e gestantes visando dar apoio social, médico, oftalmológico e psicológico

Programa de habitação para famílias carentes. No decorrer desse século, foi entregue para a população carente mais de 10.000 moradias, nas áreas periféricas do município.

Está sendo implantado o programa Brasil criança cidadã, destinado às crianças e os adolescentes e o Programa Erradicação Trabalho Infantil. (PETI), além da Bolsa Família.

A motivação para elaboração de outros programas, com parceria dos governos estadual e federal é grande. A equipe de ação social, muito atuante, está em permanente vigília visando a melhoria de qualidade de vida do município.

Existem três complexos nutricionais no município: Dolores Jatobá I, II e III, que atendem, diariamente, mais de duas mil famílias carentes.

O município de São Miguel dos Campos conta com duas entidades não governamentais que assistem dependentes químicos, Casa de Restituição SALOM e Centro de Assistência Social BETESTA.

 

INFRA-ESTRUTURA

 

Rede Bancária

A comunidade dispõe de quadro bancos, sendo que apenas três são oficiais para suas transações financeiras. O posto do banco do nordeste presta serviços ao homem do campo e também a comunidade.

Banco do Brasil

Caixa Econômica Federal

Bradesco

 

 

 

 

Comunicação

Os jornais mais lidos pela comunidade miguelense são:

Gazeta de Alagoas – Tribuna de Alagoas – O Jornal – Alagoas em Tempo – Extra.

Os rádios mais ouvidos são:

Rádio Gazeta AM, Rádio gazeta FM, rádio paraíso AM, rádio São Miguel FM, Rádio Caeté FM, Rádio Difusora, dentre outras.

Os canais de TV mais sintonizados são:

TV Gazeta de Alagoas – TV Alagoas – TV Pajuçara

As redes telefônicas são:

  TIM – CLARO – OI – VIVO.

 

Correios

A comunidade conta com uma agência e um posto de correio telégrafos e o CEP da cidade é 57240-000.

 

Segurança

As policias Civil e Militar são responsável pela segurança do município, além de ter também a Guarda Municipal,que foi criada na gestão do prefeito Nivaldo Jatobá no dia 18 de junho de 1997, seu primeiro diretor foi Ramilson Soares Ferro.

Existe também em São Miguel dos Campos, uma junta de serviço militar e uma junta de expedição da carteira de identidade.

 

Gastronomia

A herança negra do tempo de seus engenhos tem influência também na culinária: a feijoada, o sarapatel, o mocotó e pé- de- porco. Como e próximo ao litoral, a cozinha miguelense é farta em pratos à base de frutos do mar, como moqueca de peixes ensopados de marisco e tradicional caranguejo, a carne de sol e o feijão tropeiro. Além de todas essas delicias, ainda podemos destacar as comidas típicas do período junino: milho verde, bolo de milho, canjica, pamonha, o cuscuz, mungunzá, arroz doce, cocadas e pé de moleque.

 

Hotelaria

O município de São Miguel dos Campos é composto de vários Hotéis e pousadas, tais como:Hotel São Francisco, Hotel São Sebastião, Hotel São Miguel, Hotel Duarte, Pousada dos Caetés, Pousada do Sol, Pousada Paraíso e tantos outros espalhados por toda parte da cidade.

 

Eletricidade

A Eletrobrás Alagoas - EA É responsável pelo fornecimento e serviços elétricos em toda a cidade.

 

Entidades Representativas

Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (SINTEAL), Câmara de Diretores Lojistas, Alcoólicos Anônimos - AA, Casa da Amizade, Previdência Social, Ordem dos Advogados do Brasil - OAB, Receita Federal, Coletoria Estadual, Rotary Clube, IBGE, Associação dos Deficientes Físicos de São Miguel dos Campos (ADEFESMIC) e Sindicato dos Servidores Municipais de São Miguel dos Campos (SISMIC).

 

ARTISTAS DA TERRA

 

Arte Plástica

Fernando Lopes, Roberto Lopes, Juvenal Santana, Eduardo Xavier, José Joaquim, Fernando Santos, Luciano Barbosa, Vânia Alves de Sá, Jaílton, Wiliamis Santos, Dra. Marly Ribeiro, José Pedro dos Santos, Josefa Barros, Edjane Lima, Rollandry, Luciano Antônio de Souza, Genésio Alves e Oliveira.

Na Música

Bernardo Silva, Carlos Campos, Leandra, Amaury Matera, Antônio Honorato, Paulo Moreno, Inácio Loyola, Juruna, irmão José, Amorsaidam Oliveira (Zai), João Jacinto da Silva, João Pãozeiro, Falcão, Roque Júnior e Waltinho.

 

Na Ornamentação

José Benedito, Edeildo Bezerra Moura, Luciano Mastroiane, Osmam Tenório, Guido da Silva, Emanoel Lira e Erigleide Castela Viana.

 

No Artesanato

Roniekson Pereira, Maria da Conceição, José Matias, Maria José, Marly Maria, Eunice Maria, Solange Augusto, Maria do Socorro, Samuel dos Santos, Maria José Rodrigues, Saulo Williams, Michele Ricardo, Cícero Eugênio, Miguel Ramos, Antônia Vieira, Maria Laurindo e Maria Salete Rafael.

 

No Teatro

André Vieira, Josse Leah, Domingos Mendonça, Agamenon Lima, Maria Salete Rafael (Bel), Ádila Cavalcante, Aldo Felix, Cícero Roberto, Ronaldo Almeida, Fernandes Palmeira, Luciano Mastroiany, Aluisio Rosa, Luciana Anita, Denisson Soares, Jadilson Alves, Joas de Oliveira, Ivanilton Pereira, Glayton de Oliveira, Eládia Cristina, Luciano Sabino e Francisco Apratto.

 

Na Dança

Silvio Ramalho, Marcos Antônio, Alex Brasil, Flávio Elias, Letárcio dos Santos, Sergio Ferreira, Sirlandiley Barbosa, Ângelo Santoro, Filipe Alves, Quitéria que ganhou festival a nível alagoano.

 

Na Comunicação

Amarildo Gomes, Márcia Torres, Genilson vieira (Laranja), Maria Cândida Palmeira, José Carivaldo Brandão, Maria José Palmeira, João Natan Gomes, Eri Cosmo, Tiago Alves, Rodson Santos, Alexandre Menezes, Procópio Lima, J Ferreira, Mazola, Miguel Alcides de Sá, Daniel Honório, Gustavo Bulhões, Betinha de Paula e José Honório.

 

Na Literatura

Douglas Apratto, Guiomar Alcides de Castro, Agatângelo Vasconcelos, José Visqueiro, Maria Rocha Cavalcante Acioly, Maria José Palmeira, Ineide Nogueira Rocha, Antônio Valentin, Manoel Clarindo, Maria de Lourdes do Nascimento, Vicente Minervino, Francisca Alves, Raquel Domingues, Adilton do Nascimento, José Elias, Cristiane Andresa, Amaurino, Adail Antônio,Marly Ribeiro,Maria Betânia Rocha e Betânia Leite.

 

Na Cultura Popular

Mestre Geraldo Bezerra, Dione Anacleto, Mestre Cecílio, Nair da Bertina, José Benedito, João da Baiana, Rouxinol do Norte e Fernando Bezerra de Moura Neto (Professor Careca).

 

Nos Instrumentos Musicais

Bráulio Moreira Pimentel, Cícero Pereira Gonçalves, Antenor Oliveira, Moacir Gonçalves, Otacílio Gonçalves, João Zacarias, Uriel Moura e Biu do Sax.


 

FONTES DE PESQUISAS

 

O Bangüê nas Alagoas.

Autor: Manuel Diégues Júnior

Editora: Edufal – 1980

Arquivos do professor Douglas Aprattos Tenório

Geografia de Alagoas.

Autor: Ivam Fernandes Lima

Editora do Brasil – 1965

Marechal Deodoro, primeira capital de Alagoas.

Autor: Sebastião Heleno

Gráfica Bom Conselho LTDA – 1998

São Miguel dos Campos.

Autor: Guiomar Alcides de Castro

Editora: Sergasa – 2º Edição

Revista da Petrobrás – Ano IV – Nº 36

IBGE

Enciclopédia dos Municípios Brasileiros

Secretaria Municipal de Educação.

Prefeitura Municipal de São Miguel dos Campos.

Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas.

Moradores Antigos e Entidades de São Miguel dos Campos.